Como seria de esperar, após a Manifestação de dia 18, as notícias encomendadas a denegrir a imagem das motos e motociclistas tem continuado a bom ritmo, não há acidente de moto que não seja motivo de destaque e hoje o Correio da Manhã volta ao ataque com notícia do IMT. Este diz que “tem tudo pronto para avançar com as inspeções periódicas para motos”. Avança ainda o preço destas, 12,74 euros.
Reunião no MAI
Curiosamente ontem estivemos com Filipe de Almeida, o representante do sector das duas rodas nomeado pela ACAP para estar presente na reunião com o Secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Tavares Neves, no Ministério da Administração Interna (ver notícia aqui). Questionámo-lo em relação ao que foi abordado durante a mesma e as suas conclusões são contrárias a esta vontade do IMT.
“Lei das 125” é para manter
Durante a reunião, para lá da entrega dos memorandos da FNM e do ACAP, o mais importante foram os esclarecimentos prestados ao Secretário de Estado. Nestas foram focadas as razões da existência da “Lei das 125”; dos cuidados que existiram no seu delinear, como a limitação a maiores de 25 anos, imposto pelo sector; e a realidade dos acidentes. A abertura da Protecção Civil foi total e ficou claro a sua continuidade. A menos que exista uma hecatombe nos próximos tempos, não existe qualquer vontade política para fazer alterações.
Os contornos das inspeções
Em relação às inspeções, o Ministério da Administração Interna não tem qualquer poder no assunto, o que tornam ainda mais surpreendentes as declarações do Ministro Eduardo Cabrita. Uma vez que está sob a tutela da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes que está sob a dependência do Ministério da Economia. Ainda assim José Artur Tavares Neves adiantou na referida reunião, que existem vários passos legais a dar antes que as inspeções possam ter início. A mais relevante passa pela formação dos inspectores, cuja a regulamentação terá de passar pela aprovação de um decreto lei que ainda não está pronto.
A visão do Secretário de Estado é de que há vontade de colocar em marcha as inspeções, mas nunca nos prazos proferidos pelo Ministro da Administração Interna.