Kawasaki Ninja H2 SX HySE a hidrogénio mostra-se em público pela primeira vez!

A Kawasaki finalmente mostrou ao grande público o protótipo Ninja H2 SX HySE a hidrogénio. Temos os detalhes e vídeo do momento.

hidrogénio

No mesmo fim de semana em que se disputaram as 8 Horas de Suzuka, prova do Mundial de Resistência (conquistada pela Honda pela terceira vez consecutiva), a Kawasaki aproveitou o momento para mostrar pela primeira vez em público o que vale a Ninja H2 SX HySE, uma moto que recorre ao hidrogénio como combustível.

A moto já tinha sido revelada oficialmente, ainda que em formato apenas digital, durante os primeiros dias de janeiro de 2024, conforme a Revista Motojornal aqui lhe contou com todos os detalhes.

Desde então, a Kawasaki tem vindo a evoluir o projeto e agora a Ninja H2 SX HySE está finalmente pronta para prosseguir com os testes de desenvolvimento, e a marca japonesa está tão confiante no futuro da utilização do hidrogénio que nos mostrou o protótipo a percorrer o circuito de Suzuka.

Esta é a primeira moto concebida por um grande fabricante e que recorre a hidrogénio para fazer funcionar um motor a combustão interna. Habitualmente o hidrogénio tem sido usado para fazer funcionar motores elétricos.

No caso da Kawasaki Ninja H2 SX HySE, o hidrogénio substitui a gasolina que habitualmente encontramos no depósito de combustível e que por sua vez é usada para alimentar o motor quatro cilindros em linha.

Neste caso estamos perante o poderoso motor sobrealimentado com recurso a um compressor volumétrico e que encontramos nos modelos H2 que a casa de Akashi tem comercializado nos últimos anos.

O motor foi, obviamente, modificado a nível interno de forma a permitir que o hidrogénio seja injetado diretamente nos cilindros. Em funcionamento, esta unidade motriz gera os ruídos normais de um motor a gasolina, as normais vibrações, o assobio do compressor, e tudo isto enquanto da ponteira de escape sai apenas água.

Bom… quase apenas água! Na realidade existe emissão de CO2, em quantidades mínimas, que resulta da queima de óleo durante a combustão.

hidrogénio

O chassis da Ninja H2 SX HySE foi redesenhado e reforçado. Isto porque, como é possível visualizar nas imagens e vídeo, a secção traseira da moto é significativamente mais volumosa do que o habitual, conferindo ao protótipo japonês uma imagem muito particular e que nos transporta para a ideia das motos futuristas que víamos nos filmes de sci-fi da década de 90 do século passado.

Nessa secção traseira encontram-se colocados os depósitos que armazenam o hidrogénio.

Esses depósitos podem ser atestados de hidrogénio através de um processo de abastecimento muito semelhante ao que atualmente temos nas motos a gasolina. Porém, a Kawasaki destaca que será necessário esperar por regras legais bem definidas para que estes tipos de estações de abastecimento de hidrogénio sejam possíveis de implementar em larga escala, para além de terem de ser ultrapassados diversos obstáculos no que diz respeito ao fornecimento do hidrogénio e respetivo transporte.

Isto significa que a Kawasaki não consegue ainda apresentar uma data prevista para o início de comercialização desta tecnologia, mas o facto de continuar a trabalhar no projeto Ninja H2 SX HySE revela que esta é mesmo uma aposta para continuar.

Até porque, conforme a Revista Motojornal também aqui lhe contou em primeira mão, em maio de 2023, a Kawasaki aliou-se à Honda, Suzuki e Yamaha para formar a HySE, uma associação cujo objetivo principal é pesquisar e desenvolver a utilização do hidrogénio como combustível para motos.

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