Quando no início de novembro de 2017 a casa de Mattighofen apresentou a KTM 790 Duke, a marca definiu-a como um “bisturi”, tal era a forma cirúrgica como desenhava trajetórias. A naked serviu de ponto de partida para uma série de modelos, tendo sido depois substituída pela mais poderosa e renovada 890 Duke que chegou à estrada em 2021.
Agora, a KTM 790 Duke está de volta aos mercados europeus, com mais argumentos, mas um preço que promete tornar a naked austríaca numa opção extremamente competitiva num segmento onde pontificam inúmeras (e boas!) opções.
O motor que fornece energia à nova KTM 790 Duke é o já conhecido bicilíndrico paralelo LC8c. Uma unidade motriz extremamente compacta, mas perfeitamente afinada para disponibilizar uma performance que posiciona a naked de média cilindrada num patamar superior. A KTM anuncia que o motor, na sua versão “full power”, entrega 105 cv e produz 87 Nm de binário.
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Porém, e a pensar nos motociclistas que possuem a carta A2, a 790 Duke estará também disponível neste regresso à Europa em versões limitadas na potência. O destaque será a versão de 95 cv que possibilita que a KTM limite a potência para os 47 cv ou 35 kW da carta A2.
Desta forma a KTM 790 Duke poderá ser conduzida por um espectro ainda maior de motociclistas, em particular aqueles que estão a subir de cilindrada e podem assim conduzir uma moto com um nível de equipamento de série superior, mas que não é intimidante.
Por outro lado, a KTM anuncia um consumo médio de combustível bastante contido. Se os valores anunciados pela marca austríaca liderada por Stefan Pierer se confirmarem, a nova 790 Duke apresenta um consumo médio de apenas 4,4 litros a cada 100 km percorridos.
Com um quadro tubular desenhado para oferecer a quantidade ideal de rigidez estrutural para uma naked de média cilindrada, a KTM 790 Duke, fazendo jus à sua definição de bisturi, dá uso a um conjunto de suspensões WP APEX.
Estas suspensões permitem ao condutor desta moto explorar os limites, mas sempre com um “feeling” acertado em termos de comportamento, particularmente ao nível da leitura do asfalto e das suas irregularidades.
As afinações “stock” das suspensões WP foram definidas para garantir um comportamento ágil, perfeito para os momentos de condução mais desportiva numa estrada recheada de curvas.
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O nível de equipamento de série também diferencia a KTM 790 Duke de muitas das suas rivais no segmento naked de média cilindrada.
De fábrica a moto vem equipada com três modos de condução – Rain, Street e Sport – e como opcional a KTM permite a instalação de um quarto modo de condução denominado Track. Cada modo de condução altera de forma imediata a forma como a potência é disponibilizada de acordo com os impulsos no acelerador, sendo que também o controlo de tração sensível à inclinação também é ajustado de acordo com os diferentes modos de condução.
Na travagem destaca-se o sistema de ABS com função “cornering”, mas, principalmente relevante para os motociclistas mais adeptos da adrenalina, a KTM 790 Duke conta com o modo de ABS denominado Supermoto, em que o sistema fica desligado na roda traseira e adota uma estratégia de funcionamento específica na roda dianteira. Com este modo selecionado será possível conduzir a naked austríaca com a traseira a deslizar como acontece numa supermoto.
O painel de instrumentos é um ecrã TFT de 5 polegadas e a cores, e a iluminação é “Full LED”.
Mas para além deste equipamento de série, a nova KTM 790 Duke disponibiliza ainda vários opcionais para além do modo de condução Track que já referimos:
– Quickshifter+ para trocas de caixa sem recorrer à embraiagem
– Motor Slip Regulation (MSR)
– Cruise control para facilitar a vida nas viagens mais longas em autoestrada
– Sistema de monitorização da pressão dos pneus
– Conexão com smartphone através do sistema KTM My Ride
Para marcar o regresso da KTM 790 Duke à Europa, e anunciado que as motos começam a ser entregues aos novos proprietários a partir do próximo mês de junho, a marca austríaca “veste” as compactas carenagens da naked no tradicional laranja KTM, mas desta feita adiciona uma segunda opção em estreia que mistura o preto com o cinzento.
Por último, e porque já referimos que esta proposta seria comercializada com um preço muito competitivo, a KTM anuncia que o PVP na Europa será de 8.999€. A revista MotoJornal está a tentar confirmar junto do importador nacional Jetmar se este preço se confirma para o nosso país. Fique atento pois iremos atualizar este artigo com esta informação assim que possível.