A FP3 seria decisiva para as aspirações nacionais de conseguirem o apuramento direto ou simplesmente a possibilidade de disputarem a repescagem. Alinhando os três no grupo A, Tomás Alonso foi o mais rápido do contingente nacional, assinando o 18º tempo da sessão ao rodar em 1’53’523, ou seja a pouco mais de dois segundos do mais rápido, de novo o italiano Bruno Ieracci. Contudo, Tomás não logrou terminar a qualificação, ficando parado na pista. “A moto parou e ainda não vimos na telemetria o que sucedeu. Vinha numa boa volta, com o setor a vermelho e o painel desligou. Vamos tentar na repescagem”.
Pedro Fragoso estava bem mais contente com o seu vigésimo posto, a três décimas o seu compatriota da Kawasaki. “Consegui baixar o tempo de ontem. A afinação da moto está muito melhor e o pneu já não está a ‘comer’ o flanco direito. Ainda consegui fazer 1’53’’8 mas depois os da frente param a meio da pista. Tenho de arrancar bem na repescagem e ir lá para a frente. Na moto endurecemos um pouco as suspensões e aumentámos a pressão do pneu traseiro para ele não ficar tão mole. Vou ter de alterar um pouco a suspensão traseira e estamos prontos”.
Santiago Duarte também não foi bafejado pela sorte, ao ver o brasileiro cair mesmo à sua frente quando estava numa volta rápida. “O Macan caiu mesmo à minha frente nos esses e não baixei do segundo 54. Estou com ritmo e confiante que vou conseguir qualificar na repescagem. Acho que posso chegar ao segundo 52 alto, quando a qualificação deve andar no 1’53”2”.
Nas Supersport, o primeiro angolano a participar numa prova de um campeonato mundial de velocidade, Victor da Silva Barros, classificou no 25º posto, numa qualificação em que o virtual campeão mundial, Andrea Locatelli, garantiu mais uma ‘pole’ com 1’39”520, na frente de Lucas Mahias e Rafael de Rosa.
Texto: Fernando Pedrinho Martis
Fotos: Victor Schwantz Barros