A maior aventura TT lusa terminou em Faro, mais concretamente na Ilha de Faro. Foi aqui que a caravana do Lés-a-Lés Off Road foi recebida este Domingo, 6 de Outubro.
Apontado pelos mais experientes como o mais exigente dos cinco Portugal de Lés-a-Lés realizados, a edição de 2019 teve o condão de transformar em sorrisos toda a dureza encontrada. Isto ao longo dos quase 1000 quilómetros de ligação entre Vila Pouca de Aguiar e a ilha de Faro. Pelo meio com passagem pela Pampilhosa da Serra e Coruche. O segundo fia foi marcado pelas íngremes subidas em terras transmontanas e durienses e do calor que ampliou as dificuldades dos pedregosos pisos beirões no segundo dia.
Já a 3ª etapa do evento organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal ofereceu percurso mais rolante e menos massacrante em termos físicos. Apesar dos longos e rápidos estradões alentejanos ao que se juntou algumas passagens em areias ribatejanas, ainda na parte inicial. Além da sempre exigente mas divertida serra algarvia, já nos derradeiros quilómetros.
Nesse dia, que começou bem cedo em madrugada muito fresca, sentiu-se muito pó e nevoeiro a esconder paisagens bem bonitas. E nessas condições, a criar acrescidas dificuldades na condução até Viana do Alentejo. Esta que foi uma passagem com algumas das armadilhas escondidas nos pisos arenosos. Portanto, motivo de umas quantas quedas.
Os improváveis
Ponto de paragem, o primeiro do dia, onde a Yamaha ajudou os resistentes aventureiros a recuperar as forças. Ou seja, antes do verdadeiro Alentejo onde vacas, ovelhas e outros animais se mostraram pouco incomodados pelo som dos motores de todo o tipo de motos. Como por exemplo a improvável Triumph Street Scrambler, nunca antes vista nestas andanças. Isto porque, o lisboeta Paulo Mainha Cruz decidiu cumprir ‘a estreia absoluta em todo-o-terreno, bem como a navegar, com resultado surpreendente, chegando ao final sem problemas de maior.’
E se, ‘nas subidas do primeiro dia ou nos longos troços de areia da 2ª etapa custou um bocadinho.’ já na derradeira tirada ‘tudo correu muito melhor, sobretudo na serra algarvia, mais técnica em termos de condução e bem entremeada com ligações em asfalto que permitiam descansar os braços.’
Juntamente com o ‘compagnon de route’ Pedro Verde, na pequena Mash 125, chegou sorridente a Faro. Apesar de necessitado do apoio terapêutico das técnicas do IMT – Instituto de Medicina Tradicional. Estes que, depois de três dias de tamanha solicitação, muitos sorrisos devolveram às mais de três centenas de participantes que completaram esta maratona mototurística.
Assim, a Maior aventura TT lusa terminou em Faro, num prémio mais que merecido para todos os que aceitaram o desafio da FMP. Portanto, bem avisados, desde o primeiro momento, pelo presidente da Comissão de Mototurismo, António Manuel Francisco, ‘das dificuldades do percurso. E exponenciadas pela escassez de chuva nos últimos meses e pelas elevadas temperaturas. Isto tudo a contribuir para tornar os pisos mais escorregadios e poeirentos, diminuindo a visibilidade e trazendo à tona muitas pedras.’
Dureza que conferiu valor acrescentado ao diploma entregue a todos os finalistas do Portugal de Lés-a-Lés Off-Road. Inegavelmente aumentou desejos de regressar em 2020.