Em 2020 foram 14 as corridas realizadas num calendário ajustado e reformulado por força da pandemia, levando Miguel Oliveira a cumprir um total de 1.398,42 quilómetros em corrida e levando a KTM RC16 a somar mais 5.790,66 quilómetros em treinos, para um total de 7.189,08 quilómetros acumulados.
No caminho para mais uma época de feitos e conquistas inéditas o almadense realizou na temporada passada um total de 313 voltas aos nove circuitos utilizados e apenas por uma única vez não terminou a primeira volta de corrida, e igualmente apenas por uma vez não terminou uma corrida por ‘culpa própria’, sofrendo toques que o colocaram fora de corrida nas restantes duas ocasiões em que não recebeu a bandeira de xadrez.
Foram precisamente 4452 as curvas que Oliveira teve que ‘desenhar’ em 2020 para chegar aos 125 pontos que lhe valeram o brilhante nono posto da classificação geral. O registo pode parecer de alguma forma surpreendente, mas mais é certamente quando analisamos prova a prova o ‘esforço feito’ em corrida.
Com 14 etapas no ajustado programa do ano, o Miguel curvou em 13 dessas mesmas corridas, das quais venceu duas depois de ter ‘deitado e levantado’ a sua moto por 280 vezes (GP da Styria) e 375 (Portimão). A contabilidade é simples: 10 curvas na Áustria multiplicadas pelas 28 voltas realizadas nos dois momentos do GP da Styria, juntando ainda as 25 voltas ao AIA com as suas 15 curvas.
Mas os GP’s onde mais vezes curvou foram os dois realizados no Misano World Circuit Marco Simoncelli, com 432 curvas após as 27 voltas ao traçado italiano que conta com 16 curvas. Este não é o que mais curvas apresentou em 2020, com a honra a caber ao Motorland Aragón que coloca perante os pilotos um total de 17 curvas, mas pelo facto de ter menos voltas no decorrer do GP não ultrapassa o registo do traçado junto ao Adriático.
Os 125 pontos somados por Miguel Oliveira revelam uma média de 8,9 pontos a cada bandeira de xadrez ‘vista’ e se dessa equação retirarmos as três corridas que o português não terminou a ‘colheita’ por corrida sobe para 11,3 pontos, uma média bem positiva num ano em que apenas três pilotos repetiram vitórias, entre eles Miguel Oliveira.
Finalizada a época de 2020…a preparação de 2021 está já em curso, sendo este o décimo primeiro ano do nono classificado no mundial em 2020, o primeiro como piloto oficial KTM no MotoGP.