Miguel Oliveira fala do adiamento do MotoGP

O surto mundial que o coronavírus está a provocar obrigou a Dorna a reajustar o calendário da temporada. Miguel Oliveira mostrou-se frustrado, mas compreende a opção.

Miguel Oliveira preparado para Motegi

O piloto português mostra-se conformado com o cancelamento da jornada inaugural do Mundial de MotoGP, do adiamento da provada Tailândia e com isso, do adiamento do início da temporada. Ainda que tenha ficado frustrado com a notícia, diz compreender a opção da Dorna e reconhece que o promotor do MotoGP tudo fez para que a prova de Losail se realizasse. Também percebe não ter sido possível ultrapassar as restrições de circulação de pessoas impostas pelas autoridades do Qatar devido ao surto mundial do coronavírus COVID-19.

“Infelizmente, devido o coronavírus está-se a atrasar não só calendários de competições como se está a fechar salões de automóveis por todo o mundo. Está afectar mais do que aquilo que as organizações esperavam. Obviamente que o cancelamento do Qatar na véspera de eu viajar é algo que me apanha com muita surpresa. É como um balde de água fria. Mas acho que é feito pela nossa segurança. Isso, acho que a nossa Organização – a Dorna – teve sempre em consideração. Portanto, agora há pouco a fazer. Vou continuar a preparar-me fisicamente e recuperar ainda mais o ombro. Aproveitar que não vou ter corridas para dar um forcing na minha recuperação, mas é sem dúvida triste ver o campeonato a começar só daqui a um mês. É como estar a estudar para um exame e este ser cancelado”, referiu Miguel Oliveira.

O homem da Red Bull KTM Tech3 #88 disse ainda concordar com as opções tomadas pela Dorna e pela FIM: “É óbvio que a Dorna tentou de tudo para levar as pessoas até ao Qatar, em voos diferentes, alugar aviões de propósito para o efeito. Mas neste momento toda a gente está a monitorizar as entradas e saídas. O facto dos italianos não poderem viajar para o Qatar é aquilo que impossibilita o acontecimento do GP porque mais de metade do paddock é composto por italianos. Portanto, ou é feito com toda a gente ou não é feito. E isso é algo que a Dorna tem bem ciente. Para já, acredito que o GP do Texas possa ser o palco da estreia do MotoGP. Mas até lá tudo pode mudar. Vamos aguardar e esperar pelo melhor”, concluiu o piloto de Almada.