Num mundo das duas rodas cada vez mais eletrificado, tanto a nível de motos de produção para uso em estradas públicas, como depois no mundo da competição, com destaque para o renomeado Campeonato do Mundo FIM MotoE, os motociclistas vão estando mais habituados às motos elétricas. E numa altura onde a eletrificação está a “carburar” em pleno, a Ducati decidiu tornar-se num dos principais nomes a ter em conta. Tudo por causa do seu envolvimento neste campeonato mundial MotoE.
Agora que já todos vimos o protótipo que será usado por todos os pilotos nesta temporada 2023 de MotoE a passar por diversas fases de desenvolvimento, a marca italiana acredita que o protótipo conhecido como V21L está finalmente afinado para poder ser produzido numa linha de produção exclusiva na fábrica de Borgo Panigale.
A primeira moto elétrica da Ducati, ainda que atualmente seja apenas para uso exclusivo em MotoE, é um projeto que deixa os responsáveis italianos claramente orgulhosos do trabalho desenvolvido ao longo do último ano. E é também uma moto que ficará na história e memória dos Ducatistas.
Por essa razão, a Ducati não se poupa a esforços para realçar a V21L de MotoE, anunciado agora que a produção desta moto já se iniciou, prevendo que todas as 23 unidades estejam terminadas até meados de fevereiro. Dezoito delas serão pilotadas pelos pilotos nos 8 Grandes Prémios que fazem parte do calendário eletrizante, e a Ducati reserva depois outras cinco unidades da V21L para servirem como motos de substituição.
Cada protótipo é montado por técnicos especializados no Departamento de Competição Ducati MotoE, com o mesmo processo, precisão e atenção aos pormenores típica do elevado nível de profissionalismo exigido para construir uma Desmosedici GP de MotoGP.
Claudio Domenicali, CEO da Ducati, é, claramente, um homem orgulhoso do trajeto da marca italiana no que respeita ao Campeonato do Mundo FIM MotoE.
O responsável máximo da casa de Borgo Panigale, ele próprio um motociclista que habitualmente gosta de andar de moto em pista, refere que “Estamos, assim, a embarcar nesta nova aventura com o objetivo de desenvolver as pessoas e talentos dentro da empresa para moldar o que deve ser o carácter de uma futura moto elétrica de estrada Ducati. O projeto MotoE representa um passo decisivo para a Ducati contribuir para a redução das emissões de CO2 no que respeita ao produto, juntamente com a pesquisa em combustíveis sintéticos (eFuel) que pode reduzir para zero o total de emissões de CO2 dos motores de combustão interna. A sustentabilidade ambiental é algo que todos os indivíduos e companhias devem considerar uma prioridade para podermos preservar o delicado equilíbrio do planeta. A Ducati está empenhada nisto também a nível industrial, e a construção da nova área de ‘Finitura e Delibera Estetica’, classificada como ‘Nearly Zero Energy Building’, é apenas o mais recente exemplo”.
Por outro lado, e talvez este seja o ponto que também convém destacar em todo este projeto Ducati MotoE, a moto de competição V21L dará no futuro origem a uma moto elétrica de estrada.
Quando é que veremos essa Ducati elétrica de estrada?
Isso dependerá, de acordo com Domenicali, da evolução das tecnologias de baterias. Nomeadamente quando as baterias forem mais leves e garantirem maior autonomia, de forma à Ducati poder desenvolver uma moto elétrica de estrada que seja fiel ao ADN da marca, de motos desportivas excitantes de conduzir e mais leves do que a concorrência.
Com a produção das motos de MotoE iniciada, teremos agora de aguardar pelos testes de pré-temporada para perceber o que vale ao certo a V21L.
Após um ano de testes de desenvolvimento que viu Michele Pirro, Alex De Angelis e Chaz Davies fazerem turnos de condução no protótipo V21L, o projeto Ducati MotoE está a aproximar-se do momento em que as motos irão para a pista. O primeiro teste com os pilotos e equipas que irão competir no Campeonato do Mundo está agendado para 6, 7 e 8 de março em Jerez, seguindo-se mais três dias de teste a 3, 4 e 5 de abril no circuito de Montmelò em Barcelona.
A estreia em corrida terá lugar no Grande Prémio de França, no sábado 13 de maio. O calendário do Campeonato do Mundo FIM de MotoE 2023 está espalhado por oito Grandes Prémios, com duas corridas por fim de semana, ambas ao sábado.
Após o começo em França, o campeonato estará presente em todas as seguintes corridas europeias até ao G.P. em Misano, pelo que prosseguirá em Mugello no fim de semana de 11 de junho, em Sachsenring no fim de semana seguinte e em Assen a 25 de junho. Após a paragem de verão, as motos Ducati MotoE voltarão à pista em Silverstone a 5 de agosto, antes de enfrentarem os três últimos Grandes Prémios, no Red Bull Ring (20 de agosto), Catalunha (2 de setembro) e Misano (10 de setembro).
Fique atento a www.motojornal.pt para ficar a par de todas as novidades e resultados do Campeonato do Mundo FIM de MotoE 2023, assim como à estreia da primeira moto Ducati elétrica, a V21L. A não perder!