Há um ano a corrida de Miguel Oliveira no Sachsenring terminava no pódio. Na altura conseguiu um segundo lugar atrás de Marc Márquez. Porém, o Grande Prémio da Alemanha referente à temporada 2022 de MotoGP foi totalmente diferente pelas mais diversas razões. Para o português da Red Bull KTM Factory, a diferença está no momento da equipa, tanto em pista como fora dela.
De saída da KTM no final de 2022 depois de vários anos ligado à marca “laranja”, Miguel Oliveira continua a ter de lutar com uma moto que, embora esteja a evoluir ao longo da temporada, continua a revelar-se bastante complicada de afinar.
Mas no Grande Prémio da Alemanha – que terminou com vitória de Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) – a situação pareceu estar um pouco melhor do que em corridas anteriores, pese embora o resultado final em corrida, o 9º lugar, deixe transparecer o contrário. Miguel Oliveira assume que “O dia ficou marcado ao não aceder à Q2, esse foi o momento que definiu o fim de semana”. Recordamos que o português falhou a passagem direta à Q2 por apenas 0.020s e depois na Q1 não conseguiu melhor do que um 4º lugar que obrigou a começar, novamente, uma corrida de MotoGP no meio do pelotão.
Um arranque nessa posição é sempre complicado, e Miguel Oliveira, já durante a antevisão ao Grande Prémio da Alemanha, referia que queria qualificar bem para poder fazer melhor em corrida, pois as características do circuito alemão não permitem grandes ultrapassagens.
E de facto, tal como tinha previsto o piloto da KTM, não se viram muitas ultrapassagens por parte do português.
Envolvido numa luta com Pol Espargaró (Repsol Honda), enquanto o espanhol não desistiu por problemas na sua moto, Miguel Oliveira beneficiou de quedas de alguns pilotos que rodavam à sua frente e ainda do problema técnico no sistema de ajuste da altura da suspensão traseira na moto de Maverick Viñales (Aprilia Racing). E assim ascendeu à 9ª posição, um resultado que lhe permitiu subir a 10º no campeonato e a poucos pontos do 8º classificado.
Foi mais um resultado dentro do “top 10”, mas ainda assim longe dos lugares que Miguel Oliveira deseja ocupar:
“A corrida foi quente, difícil e muito longa. Não conseguimos o melhor arranque e isso limitou o resultado final. Mostrámos velocidade em termos de ritmo de corrida, mas não conseguimos replicar isso para a posição que pretendíamos. Deixamos Sachsenring com mais um nono lugar, consistente, mas sem ser a posição que nos deixaria mesmo felizes”, afirma o piloto luso.
Agora terá uma semana de descanso para preparar a 11ª ronda da temporada. O paddock de MotoGP viaja para a “Catedral” que é o circuito de Assen TT, para cumprir a derradeira prova antes da longa pausa de verão.
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