Depois de onze fins de semana a competir em pista, os pilotos de MotoGP têm agora pela frente uma longa paragem de verão que vai durar nada menos do que cinco semanas até ao Grande Prémio da Grã-Bretanha. Mas antes do merecido descanso, Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory) teve ainda tempo para reagir ao que aconteceu no Grande Prémio dos Países Baixos.
Pela quarta vez consecutiva o piloto português terminou no “top 10” de MotoGP. Mais precisamente em 9º lugar. Um resultado que lhe permite somar pontos, mas que ainda deixa Miguel Oliveira longe dos lugares ambicionados e onde já o vimos, inclusivamente esta temporada.
A corrida do passado domingo no circuito de Assen até prometia um resultado mais acima do que aquele que se verificou depois de cumpridas as 26 voltas ao traçado neerlandês. Com o 8º tempo na qualificação, e revelando estar bem à vontade no circuito que é considerado como “A Catedral” do motociclismo, Miguel Oliveira acabou por não conseguir confirmar em corrida aquilo que se esperava.
O maior problema começou ainda antes do arranque do GP dos Países Baixos!
Tudo porque quando os pilotos da categoria rainha estavam à procura do seu lugar para formar a grelha de partida, Joan Mir (Suzuki Ecstar) travou de forma mais abrupta no momento em que se aproximou do seu lugar. Miguel Oliveira vinha logo atrás… e o toque foi inevitável!
“Estava a procurar o meu lugar na grelha de partida no final da minha volta de aquecimento e não esperei que o Joan (Mir) travasse de forma tão brusca. No toque com a moto dele parti o protetor da minha manete de travão e o ‘pod aerodinâmico’ do lado direito, e foi complicado fazer a corrida sem esse componente. A moto ficou um pouco instável nas zonas mais rápidas – setores dois e quatro – e perdi algumas décimas de segundo”, explica Miguel Oliveira.
Um 9º lugar que ainda assim deixa o piloto português de certa forma satisfeito pois “Terminar entre os dez primeiros é sempre bom, mas é um pouco frustrante saber que podia ter sido melhor, e sei que tínhamos a velocidade e o ritmo para sermos mais rápidos. Queixei-me que precisava de ser mais consistente e agora tenho quatro corridas consecutivas em nono, o que não é a consistência que queria. Mas agora temos o intervalo e temos que recuperar e regressar mais fortes”, conclui o recruta da Red Bull KTM Factory.
Após as primeiras onze corridas da temporada 2022 de MotoGP, Miguel Oliveira ocupa a 10ª posição na classificação de pilotos, com 71 pontos totalizados até ao momento.
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