A saída da Suzuki do mundo da competição, e sabemos que para além do MotoGP a casa de Hamamatsu sairá também de forma oficial do Mundial de Resistência FIM, está a deixar os fãs da marca japonesa com um vazio na alma. Dificilmente veremos em breve uma Suzuki em pista, pelo menos com apoio oficial da fábrica. E também não será fácil encontrar uma moto de competição como a GSX-RR num museu ou evento especial.
De acordo com o diretor da equipa de MotoGP, Livio Supo, a decisão dos responsáveis máximos da Suzuki aponta para a destruição quase completa de tudo o que tem a ver com os projetos desportivos.
No caso do projeto da categoria rainha personificado pela equipa de fábrica Suzuki Ecstar, isto significa que os protótipos GSX-RR pilotados nos últimos anos pelos pilotos Alex Rins e Joan Mir, e que permitiram à marca japonesa regressar aos títulos em 2020 por intermédio de Mir, serão destruídos, juntamente com todos os seus componentes e peças de substituição que ainda existam.
Apenas um par de exemplares da GSX-RR será salvo da destruição completa, sendo que uma ficará entregue a Alex Rins, que venceu duas corridas neste final de 2022 e pediu à Suzuki que lhe oferecessem uma das suas motos para a sua coleção pessoal, e a outra deverá seguir viagem até à sede da Suzuki e ficar em exposição no museu em Hamamatsu.
Refira-se que nem mesmo Alex Rins conseguiu convencer a Suzuki a oferecer-lhe a moto. O piloto espanhol confirmou que fez esse pedido, mas que a marca recusou oferecer. Para garantir que a moto vencedora iria para a sua casa – mais propriamente para o seu quarto –, Rins terá de pagar uma avultada quantia de dinheiro.
O seu compatriota e campeão de 2020 Joan Mir preferiu não abordar este tema, mas podemos presumir que, tal como fará Rins, também Joan Mir deverá poder ter a oportunidade de adquirir uma das suas Suzuki GSX-RR, evitando assim que siga o mesmo triste destino de grande parte do projeto de MotoGP da marca.
Mas qual é a razão para a Suzuki decidir destruir motos e componentes que enriqueceram o legado da marca na maior competição do mundo das duas rodas? Livio Supo, mais uma vez, explica o que leva a esta decisão:
“Todos os fabricantes japoneses fazem-no devido a questões de impostos. Porque de outra forma elas (as GSX-RR) seriam consideradas ativas e teriam de pagar impostos. A partir do momento em que não estão em condições de ser usadas, eles acabam sempre por decidir destruir tudo”.
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