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MotoGP 2022 – Antevisão e horários do Grande Prémio das Américas

A quarta ronda do ano será o Grande Prémio das Américas. Aqui fica a nossa antevisão e horários completos.

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Abril 7, 2022

As emoções ainda estão ao rubro depois da excelente corrida de MotoGP em Termas de Rio Hondo. Da terceira corrida de 2022 sai um novo líder da classificação de pilotos – Aleix Espargaró soma 45 pontos – e da Argentina o paddock do Mundial de Velocidade está já a caminho do Circuito das Américas para o Grande Prémio das Américas de 8 a 10 de abril.

Algumas equipas de Moto3, Moto2 e até de MotoGP já foram informadas pela IRTA e pela Dorna que não vão receber parte do material que necessitam até ao dia de quinta-feira. Tudo indica que parte da carga chegará ao Texas apenas na manhã de quinta-feira, e será entregue no COTA da parte da tarde.

Ainda assim, não se antevê que seja necessário alterar o programa habitual de três dias de Grande Prémio das Américas pois as dificuldades de logística não são graves, sendo que sexta-feira teremos os dois primeiros treinos livres para todas as categorias, seguindo-se depois as restantes sessões no sábado e corridas no domingo. Mas atenção: como pode ver mais abaixo, os horários deste GP têm algumas particularidades!

Leia também – MotoGP 2022: O guia completo

Quanto ao campeonato principal MotoGP, temos à chegada a Austin, no Texas, um novo líder. Aleix Espargaró e a Aprilia Racing estão no “topo do mundo” e mostram desde início da atual temporada ter os argumentos para obter bons resultados. A vitória na Argentina pode ter sido a primeira, mas foi também a boa prestação de Maverick Viñales (7º classificado), principalmente tendo em conta as prestações mais recentes do espanhol, que permite antever uma boa prestação das motos de Noale no Grande Prémio das Américas.

Mas o COTA é um traçado com um desenho particular e que vai exigir à equipa liderada por Massimo Rivola, CEO da Aprilia Racing, máxima atenção e grande capacidade de adaptação.

Quem parece estar em maus lençóis é a Ducati Lenovo Team. Sim, é verdade que vamos continuando a ver motos da marca de Borgo Panigale em lugares de destaque, como por exemplo Jorge Martin (Pramac Ducati) que foi segundo em Termas de Rio Hondo. Mas os pilotos de fábrica, Francesco Bagnaia e Jack Miller, têm estado bastante abaixo do esperado.

Neste Grande Prémio das Américas será nova oportunidade para, principalmente, “Pecco” Bagnaia dar a volta a um início de ano complicado. E logo um ano em que era apontado como o principal favorito ao título. Talvez a pressão esteja a ter algum efeito no jovem italiano, e mesmo algumas reações em pista demonstram que Bagnaia estará algo irritado com as dificuldades.

Na KTM a situação é positiva, pese embora alguma desilusão pela prestação de Miguel Oliveira na Argentina. Brad Binder, que viu um dos seus motores “explodir” de forma espetacular no sábado, está na vice-liderança da classificação de pilotos e o sul-africano já mostrou ter capacidade para bons resultados como no Qatar e o sólido 6º lugar na Argentina.

Miguel Oliveira tem a vitória na Indonésia, e à chuva, pelo que o 13º lugar no passado domingo não se pode considerar como algo positivo. Mas o português também não está longe dos mais rápidos. O Grande Prémio das Américas, um circuito que será bom para as características da KTM RC16, com secções mais fluídas e outras de velocidade pura, será uma corrida onde Miguel Oliveira poderá fazer a diferença.

A Honda estará à espera de ver Marc Márquez regressar à competição. Mas o piloto espanhol não deverá ainda poder competir no Grande Prémio das Américas. Tem partilhado com os fãs diversas fotos da sua recuperação e a praticar exercícios de coordenação visual e motora. Porém, o mais provável será um regresso no Grande Prémio de Portugal mais para o final do mês.

Mas a Repsol Honda tem outro piloto que na Argentina, sem se queixar dos pneus Michelin, estava em bom plano na corrida de MotoGP antes de cair e abandonar. Pol Espargaró tem conseguido, pelo menos de forma pontual, chegar-se aos lugares cimeiros e terá novamente a responsabilidade de ser o principal piloto da equipa de fábrica do construtor japonês.

Na Suzuki Ecstar a situação está mais equilibrada. Esta temporada já vimos a GSX-RR ser muito veloz no Qatar, embora o resultado nessa corrida de abertura não tenha sido o esperado. Em Mandalika estiveram de certa forma discretas, mas na corrida de Termas de Rio Hondo ficaram em terceiro e quarto lugar, com Alex Rins na frente de Joan Mir.

Alex Rins já venceu no Texas, sendo o primeiro a bater Marc Márquez no ondulante traçado americano. Será que tem capacidade para o fazer novamente?

Seja como for, a aposta dos pilotos Suzuki parece estar na regularidade e somar pontos em todas as corridas, evitando correr riscos desnecessários que levem a quedas.

No campo da Yamaha, a situação atual é neste momento mais complicada do que na Ducati. A casa de Iwata apenas parece contar a sério com o campeão Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) para levar o símbolo dos três diapasões até aos lugares de pódio. Franco Morbidelli e Andrea Dovizioso têm estado muito discretos neste início de temporada. E Darryn Binder está num ano de aprendizagem, pelo que não será expectável que seja o sul-africano a brilhar no Texas.

Num momento em que Fabio Quartararo estará a ser assediado por outras equipas tendo em vista um novo contrato, a Yamaha terá consciência que a sua M1 tem de apresentar uma performance superior se quiser estar entre os melhores no Grande Prémio das Américas, ronda que apresenta algumas particularidades nos horários.

Fique atento a www.motojornal.pt para ficar a par de todas as novidades e resultados do Grande Prémio das Américas.

Horários do Grande Prémio das Américas