Atrasos pontuais no transporte e entrega dos materiais relativos ao Mundial de Velocidade nos circuitos não são um caso grave. Mas se um avião com material imprescindível para as equipas de MotoGP avaria no Quénia e aí fica retido, não fazendo a viagem para Lombok para recolher material e de seguida para o aeroporto de Tucumán, perto do circuito Termas de Rio Hondo onde este fim de semana acontece o Grande Prémio da Argentina, então a situação torna-se mais preocupante.
Foi precisamente isto que aconteceu a um dos aviões de transporte de material e equipamentos de MotoGP, que deveria ter realizado uma viagem tranquila até à Argentina, mas acabou por ficar retido em Mombaça, no Quénia, devido a uma avaria mecânica.
Se tudo corresse conforme previsto, as equipas receberiam o material e equipamentos no paddock de Termas de Rio Hondo durante o dia de quarta-feira 30 de abril. Porém, as informações mais recentes e atualizadas, dão conta que essa entrega apenas vai acontecer durante o dia de quinta-feira 31 de abril.
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Isso significa que as equipas de MotoGP terão pela frente um verdadeiro desafio em modo contrarrelógio: receber os caixotes, tirar e organizar o material e equipamentos, montar as boxes e confirmar que tudo está operacional, e ainda preparar as motos para que os pilotos as possam usar nos primeiros treinos livres de sexta-feira 1 de abril.
E conforme a sua revista MotoJornal já aqui lhe explicou, um paddock de MotoGP é bastante complexo e requer que tudo seja feito de forma organizada. Um atraso desta natureza adiciona um fator de stress.
Se tudo correr conforme previsto, o material apenas estará no circuito na quinta-feira da parte da tarde. As equipas terão então poucas horas para preparar tudo. Uma operação que costuma ser realizada com um dia de antecedência e que permite que a quinta-feira anterior ao início do Grande Prémio seja apenas de ajuste de detalhes, no caso do Grande Prémio da Argentina será um verdadeiro desafio adicional.
Com o staff das equipas já a caminho da Argentina, a realização do Grande Prémio da Argentina, pela primeira vez desde 2019 devido à pandemia Covid-19, não parece estar em causa.
Porém, certamente haverá algum impacto na forma como se organiza o paddock do Mundial de Velocidade no regresso a Termas de Rio Hondo. Algumas equipas de MotoGP, Moto2 e Moto3 podem inclusivamente não ter materiais a tempo de participar nos primeiros treinos de sexta-feira.
Este problema logístico está também a afetar a Michelin. Com muitos elementos das equipas e da organização do Mundial de Velocidade a viajar rumo à Argentina, de momento ainda não foi apresentado um “plano de contingência”. A IRTA – associação de equipas – está a trabalhar para garantir que tudo se resolva antes de causar um maior impacto na realização desta prova.
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