MotoGP 2022 Austrália – A antevisão de Miguel Oliveira

Miguel Oliveira marcou presença na conferência de imprensa de arranque do Grande Prémio da Austrália e fez a sua antevisão.

Miguel Oliveira

Duas vitórias na temporada 2022, ambas em condições de chuva, a mais recente das quais no Grande Prémio da Tailândia, deixam Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory) como um dos nomes a ter em conta para o Grande Prémio da Austrália – clique aqui para ver os horários completos –, pois as previsões meteorológicas apontam para mudanças constantes ao longo do fim de semana, e com a chuva a fazer-se sentir em força.

No traçado de Phillip Island, bem perto do mar, e onde o vento intenso e as temperaturas baixas são já bem conhecidas dos pilotos de MotoGP, recordamos que Miguel Oliveira sofreu uma aparatosa queda em 2019 no final da reta da meta devido, precisamente, ao vento, os fãs já se juntam para assistir à décima oitava ronda da temporada.

Antes do começo da ação em pista com os primeiros treinos livres, os pilotos da categoria rainha puderam fazer a sua antevisão do que esperam para este fim de semana australiano.

Miguel OliveiraCom possibilidade de chuva, Miguel Oliveira é então um dos candidatos à vitória. Porém, o piloto luso da KTM não só não chegou a completar um GP completo em Phillip Island com uma MotoGP, como é o primeiro a afirmar que não se considera um especialista à chuva:

“Não peço e rezo que chova a todo o momento, este desporto é 95% drive performance, não performance no molhado. Mas é evidente que, se chover, vou aproveitar todas as vantagens que tenho. Para ser honesto, não acho que tenha essa enorme vantagem em conduzir com chuva. Não me considero um especialista com chuva. Aliás, já fiz algumas corridas com chuva e só ganhei duas delas. Não rezo para que chova”.

Mas a verdade é que as performances do piloto português em piso molhado não deixam ninguém indiferente. Certamente isso terá uma explicação. E Miguel Oliveira reforça o porquê de ser um dos favoritos em condições de chuva:

“Acredito ser bastante rápido a saltar para a moto e sentir-me bem com o piso molhado. Se analisar a corrida, é esta a minha única vantagem, a fase inicial. Depois, sou rápido nas situações normais da corrida, na consistência e na velocidade. Mas a posição inicial com chuva é muito importante, não podes ficar muito atrás dos outros pilotos. Temos ainda a pressão dos pneus, o atacar nos momentos errados…”, afirma o piloto da KTM, reforçando uma ideia que já tinha revelado no final do GP da Tailândia, quando explicou a sua performance vencedora com o facto se conseguir “ler” bem as condições de aderência do asfalto molhado e ter uma condução suave.

Miguel OliveiraDepois, Miguel Oliveira explicou ainda que Phillip Island, embora sendo circuito normal, “É sempre um circuito especial devido ao tempo. Um pouco frio. É um desafio entender o quanto podemos ser rápidos numa sessão. É um circuito normal, é muito complicado encontrar o flow nas voltas rápidas. Não espero encontrar diferenças extremas ou dificuldades extras do que normalmente encontramos em todas as provas”.

Por último, Miguel Oliveira não esconde a satisfação por poder regressar a um traçado onde, noutras categorias, obteve excelentes resultados. “Mas o MotoGP é completamente diferente e espero adaptar-me rápido. É um circuito onde não travas muito, é super rápido e onde deves travar levemente. Precisas de encontrar o ritmo e, em certas partes, tens de ser agressivo, mas de uma forma agradável”, conclui.

Fique atento a www.motojornal.pt pois iremos acompanhar de perto tudo o que acontece no Grande Prémio da Austrália de MotoGP, com especial destaque para as prestações do piloto português Miguel Oliveira. A não perder!