MotoGP 2022 – Depois da Honda… agora a Yamaha com zero pontos!

Uma semana depois da Honda foi a vez da Yamaha não somar qualquer ponto. O GP dos Países Baixos foi o pior para a marca de Iwata.

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Os fabricantes japoneses que ainda competem em MotoGP, a categoria rainha do motociclismo de velocidade, estão a passar por momentos complicados, ainda que em conjunturas bastante diferentes para cada fabricante.

Com a Suzuki de partida de MotoGP no final do ano, os fãs da marca de Hamamatsu quase não se lembram dos resultados e pontos somados pelos pilotos Joan Mir e Alex Rins. Mas apesar do ambiente no seio da equipa japonesa não ser o melhor devido ao abandono, a verdade é que os dois pilotos espanhóis vão somando pontos.

Outra marca japonesa que está em maus lençóis na categoria rainha é a Honda. Recordamos que no Grande Prémio da Alemanha, há apenas uma semana, nenhuma moto do maior fabricante do mundo terminou a corrida alemã nos pontos! O pior resultado de conjunto para as Honda desde 1982.

A Honda sabe que a sua situação é ainda pior sem Marc Márquez – ausente por lesão – sendo o oito vezes campeão do mundo o único piloto que ainda conseguiu, enquanto competiu em 2022, retirar qualquer coisa do potencial da complicada RC213V.

MotoGPE assim chegamos à Yamaha e ao Grande Prémio dos Países Baixos.

Com zero pontos somados por qualquer um dos quatro pilotos da marca japonesa no circuito de Assen, o GP dos Países Baixos tornou-se oficialmente no pior resultado da Yamaha durante a era do MotoGP. Desde que a categoria rainha do Mundial de Velocidade passou a denominar-se de MotoGP, que sempre tivemos pelo menos uma M1 a cruzar a linha de meta e terminar a corrida nos pontos.

Desta feita Fabio Quartararo, que caiu duas vezes antes de abandonar, Franco Morbidelli depois, e ainda Darryn Binder, todos deixaram nas mãos dos responsáveis da Yamaha Racing uma fatura bastante dolorosa de peças e componentes que precisam de ser trocados nas suas motos. Restava apenas ter esperanças em Andrea Dovizioso, porém, o veterano piloto da WithU RNF Yamaha acabou a corrida em Assen em 16º, ou seja, fora dos pontos.

MotoGPFelizmente para a Yamaha a conjuntura do campeonato é menos “negra” do que para a Honda, mas apenas por causa de Fabio Quartararo. O francês, que abandonou pela primeira vez em 2022, continua líder da classificação de MotoGP e bem encaminhado para renovar o título de campeão. Mas tanto Morbidelli como Dovizioso ou Darryn Binder estão muito aquém dos resultados que se esperam de pilotos Yamaha.

Para ficarmos com uma melhor perspetiva do que foi o descalabro da Yamaha no GP dos Países Baixos, basta referir que a última vez que algo semelhante tinha acontecido foi a 14 de maio de 1989, dia em que a marca dos três diapasões não somou qualquer ponto.

Aconteceu no Grande Prémio das Nações em Misano, boicotado por vários pilotos devido a questões de segurança e que terminou com vitória, a única, de Pier Francesco Chilli aos comandos de uma Honda, após ter sido forçado a competir pela equipa e patrocinadores.

No Grande Prémio da Alemanha de Este, que se seguiu a essa corrida em Misano, a Yamaha voltou aos pontos e desde então passaram 12.096 dias e 544 corridas até que a marca japonesa voltou a não pontuar na categoria rainha no dia 26 de junho de 2022 no GP dos Países Baixos.