Estamos a poucas horas do início do Grande Prémio dos Países Baixos, no circuito de Assen – clique aqui para ver os horários completos. Porém, as atenções dos fãs portugueses continuam centradas no futuro de Miguel Oliveira. Afinal, com tantos meios de comunicação, nacionais e internacionais, a darem conta que o ainda piloto da Red Bull KTM Factory já assinou contrato com uma nova equipa, é natural que os fãs revelem toda a sua ansiedade sobre este tema nas redes sociais.
Miguel Oliveira é que mantém a sua estratégia de esconder o “jogo”, talvez seguindo o lema “o segredo é a alma do negócio”.
O piloto luso, na antevisão ao GP dos Países Baixos, e em declarações concedidas à Sport TV, que, recordamos, foi o primeiro meio de comunicação social a dar como “certo” um acordo com uma nova equipa – a Gresini Racing –, afirma apenas que neste momento a única coisa que garante é “Que continuarei em MotoGP” no futuro.
Pese embora já se tenha escrito e dito muita coisa sobre possíveis assinaturas de contrato, Miguel Oliveira volta a reafirmar que “Para já não tenho nada assinado. As contratações são feitas em certos timings. Há timings para anunciar, para negociar e para assinar. Para já não vou dizer qual a opção que está mais perto da realidade. É certo que todas essas notícias são coisas adiantadas por outros meios que estão no paddock, porque nos viram a falar com as pessoas. Mas isso não implica nada. Implica que estamos a tentar abrir caminho para chegar a vias de facto. Só quando lá estivermos é que podemos anunciar. Sem contratos não há assinaturas. É o que posso adiantar”.
Com a entrada em cena de uma negociação com a futura equipa satélite RNF Aprilia, equipa que terá à disposição motos de 2022 e não as mais recentes de 2023, disse o diretor da RNF, Razlan Razali, colocou-se a hipótese de Miguel Oliveira estar apenas à procura de uma solução rápida.
Mas mais uma vez o piloto português contraria essa teoria e diz que “Não estou à procura de uma solução a curto prazo, estou à procura de estabilidade. Mas asseguro que o meu futuro passa pelo MotoGP”.
A verdade é que com quatro vitórias no seu currículo em MotoGP, a última das quais já esta temporada no GP da Indonésia, Miguel Oliveira é um dos pilotos que mais interesse desperta nas diversas equipas que procuram fechar contratos para 2023 e mais anos.
Para além da Gresini Racing (Ducati), RNF de Razali (Aprilia), Miguel Oliveira confirma uma aproximação por parte da Honda. Para qual das equipas da marca da “asa dourada” poderia ser a mudança é que ficamos sem saber. Tanto a Repsol Honda como a LCR têm lugares livres.
Mas, e será que a permanência na KTM está completamente fora de hipótese?
A resposta a esta questão é um pouco mais complexa. Na recente entrevista concedida ao portal oficial MotoGP.com, no dia anterior ao início do GP da Alemanha, Miguel Oliveira chegou mesmo a dizer que ainda está em cima da mesa a ida para a Tech3. Mas reafirmou que esse cenário não é o desejado. Agora, uma semana depois dessa declaração, e destacando o facto de procurar um novo desafio para a sua carreira de forma a voltar a divertir-se aos comandos de uma MotoGP, Miguel Oliveira refere que “Tech3? Continua em cima da mesa. A KTM tem feito todos os esforços para me manter, querem-me muito. A minha decisão não tem por base sentir uma rejeição por parte da minha equipa”.
Com tudo isto a acontecer enquanto prepara o Grande Prémio dos Países Baixos, é natural que alguma ansiedade esteja a afetar o piloto português que, naturalmente, e ainda que demonstre uma grande descontração e calma quando aborda este tema dos contratos, quererá ver o seu futuro definido rapidamente para se concentrar exclusivamente na sua performance em pista.
Fique atento a www.motojornal.pt pois iremos continuar a acompanhar a evolução das negociações de novos contratos em MotoGP, e com especial destaque para a situação de Miguel Oliveira. A não perder!