Miguel Oliveira e a KTM como um todo não tiveram um fim de semana para recordar pelas melhores razões. O Grande Prémio das Américas, e, principalmente, o desenho do Circuito das Américas, revelou-se demasiado exigente para aquilo que a moto austríaca tem para oferecer aos seus pilotos. O português da Red Bull KTM Factory cruzou a meta na 18ª posição, sofrendo tal como os restantes três pilotos de MotoGP que competem com motos KTM.
Um fim de semana que começou difícil e que não apresentou grandes melhorias com a passagem das diversas sessões de treinos e qualificação. A equipa técnica liderada por Francesco Guidotti ainda tentou trabalhar no sentido de dotar a RC16 de afinações que permitissem aos pilotos, e principalmente a Miguel Oliveira, rodar mais rápido no Grande Prémio das Américas. Mas a verdade é que a falta de soluções foi notória.
Guidotti assumiu as dificuldades, tanto da parte da sua equipa técnica na falta de soluções, como também “apontou o dedo” aos seus pilotos por, na sua opinião, não estarem a adaptar a sua forma de pilotar às circunstâncias e necessidades da KTM RC16.
Seja como for, a verdade é que o fim de semana terminou em mais uma corrida com zero pontos para a conta pessoal do português Miguel Oliveira. E o piloto luso já reagiu ao que aconteceu no Grande Prémio das Américas e assume a decisão de usar um pneu diferente:
“Como esperava, foi uma corrida dura. Tinha mesmo esperança que conseguiríamos terminar com alguns pontos. Tínhamos boa velocidade com o pneu médio na quarta sessão de treinos livres e por isso pensámos que esse seria o pneu ideal para a corrida, mas foi o oposto daquilo que esperávamos. Após cinco voltas o pneu começou a derrapar e foi piorando cada vez mais. Não consegui evitar ser ultrapassado e perdemos aqueles pontos. Aprendemos com este fim de semana e em termos de fazer alterações. Agora vamos para uma pista onde já fomos competitivos no passado e onde sabemos que podemos novamente ser competitivos. Vamos para lá (Portugal) com zero negatividade deste fim de semana e cheios de motivação”.
Recordamos que neste Grande Prémio das Américas todas as KTM ficaram pela Qualificação 1. O melhor piloto da marca austríaca foi Brad Binder (Red Bull KTM Factory) que cruzou a meta em 12º mas chegou a rodar em 9º.
Miguel Oliveira arrancou de 20º e chegou a rodar em 14º por breves instantes nos momentos iniciais. Acabou por perder várias posições na parte final da corrida americana, sem argumentos na sua KTM RC16 para contrariar os ataques dos rivais, descendo então de 15º que lhe daria um ponto para 18º.
Numa altura em que se negoceiam novos contratos, esta menor competitividade da KTM pode levar o piloto português a tentar o seu futuro ligado a outro fabricante. Várias propostas estarão em cima da mesa de negociações, e esperam-se novidades para breve sobre o futuro de Miguel Oliveira em MotoGP.
Agora a equipa Red Bull KTM Factory e o piloto português já se concentram no próximo Grande Prémio de Portugal que se realiza de 22 a 24 de abril no Autódromo Internacional do Algarve.
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