A Suzuki Ecstar, e mais propriamente o seu líder Livio Suppo, continuam sem encontrar um piloto que consiga substituir o lesionado Joan Mir. A equipa japonesa ficou a saber que o campeão de 2020 da categoria rainha tem de ficar quinze dias em repouso absoluto, e por isso Mir vai mesmo falhar o Grande Prémio de São Marino em Misano. Danilo Petrucci foi o piloto que mais consenso reuniu, mas o piloto italiano recusou a oferta.
Depois de alguns dias a pensar no assunto, Petrucci, que disputa o título MotoAmerica 2022 com Jake Gagne, acabou por responder com um “não” ao convite que lhe foi endereçado por Livio Suppo.
Um convite que dificilmente teria hipóteses de ter outra resposta.
Danilo Petrucci está neste momento envolvido numa intensa batalha pelo título principal do campeonato americano de superbike. Tem sido uma luta incrível com Jake Gagne, mas o piloto da Ducati Panigale V4 R da equipa WarHorse, neste seu ano de estreia nos Estados Unidos, tem conseguido surpreender pela sua rapidez e capacidade de adaptação.
Os dois pilotos continuam separados por diferença mínima na classificação, e a faltarem duas rondas para o fim da temporada, Petrucci achou por bem que não deveria arriscar participar como “wildcard” em MotoGP no lugar do lesionado Joan Mir. Até porque uma queda no GP de São Marino poderia resultar numa lesão que o impeça de competir nos Estados Unidos.
Ainda que regressar ao MotoGP fosse um sonho, pois poderia voltar à categoria rainha frente ao seu público em Misano, podendo então despedir-se da melhor forma, pois em 2021 uma queda deixou-o fora de corrida, Petrucci mantém-se exclusivamente focado no MotoAmerica.
O piloto natural de Terni confirmou que recebeu o convite da Suzuki Ecstar, referindo que “O mais provável é que esteja mesmo em Misano, mas não com a Suzuki. O que tem sido dito é verdade, contactaram-me para substituir o Mir, mas a negociação não se concluiu”.
Na base desta decisão de não competir por uma corrida em MotoGP, está, para além da situação de estar em luta pelo título americano, a ligação de “Petrux” à Ducati.
A marca italiana tem apostado bastante no piloto, colocando à sua disposição no MotoAmerica um conjunto de técnicos e equipamento que lhe permite sonhar com o título no seu ano de estreia ali. Essa aposta da Ducati, marca com a qual Petrucci competiu em MotoGP, tem também um segundo significado: Mundial Superbike.
Tudo porque a equipa oficial no Mundial SBK, a Aruba.it Ducati, já tendo assegurado a continuidade de Alvaro Bautista para 2023, poderia receber Danilo Petrucci como segundo piloto. Existe essa possibilidade, até porque Michael Ruben Rinaldi ainda não renovou com a equipa italiana.
Se Petrucci forçasse a participação em Misano com a Suzuki Ecstar, isso certamente não seria bem visto pelos responsáveis da Ducati Corse, num momento em que o veterano italiano tem ainda o seu futuro por decidir, embora muitos rumores apontem como certa a sua passagem do MotoAmerica para o Mundial Superbike na próxima temporada.
Com Danilo Petrucci fora das possibilidades, a Suzuki Ecstar continua assim à procura de alguém que consiga pilotar a Suzuki GSX-RR em Misano.
A principal alternativa seria o francês Sylvain Guintoli. Porém, o antigo piloto de MotoGP e atual piloto da Yoshimura SERT Motul no Mundial de Resistência FIM, está lesionado no pulso direito na sequência das 8 Horas de Suzuka há algumas semanas, e não está em condições de pilotar a moto japonesa. Ele que é o piloto oficial de testes da casa de Hamamatsu em MotoGP.
Teremos de aguardar mais alguns dias para perceber como é que Livio Suppo e a Suzuki Ecstar vão resolver este problema.
