MotoGP 2022 – Suzuki confirma negociações com a Dorna para sair

A marca japonesa finalmente confirma aquilo que já se sabia. A Suzuki está a negociar com a Dorna para sair de MotoGP no final de 2022.

Suzuki

A notícia de 2 de maio em que se levantou a possibilidade da Suzuki abandonar o MotoGP no final de 2022 caiu como uma “bomba” no paddock do Mundial de Velocidade. A Dorna avisou logo no dia seguinte que a casa de Hamamatsu não poderia decidir algo deste género de forma unilateral. E agora, dez dias depois, a Suzuki finalmente comenta oficialmente o seu abandono da categoria rainha.

Sem qualquer informação ou reação por parte dos mais altos responsáveis da Suzuki sobre o assunto, antevia-se um Grande Prémio de França particularmente complicado para os membros da equipa. Certamente em Le Mans seriam importunados constantemente importunados com as mesmas perguntas, na falta de informações oficiais.

Felizmente para a equipa de Joan Mir e Alex Rins, liderada por Livio Suppo, a Suzuki aproveitou o dia anterior ao início do Grande Prémio de França para divulgar um comunicado. A primeira reação oficial da marca japonesa confirma que “A Suzuki Motor Corporation está em negociações com a Dorna sobre a possibilidade de acabar com a participação da Suzuki em MotoGP no final de 2022”.

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SuzukiPorque é que a Suzuki tem de entrar em negociações com a Dorna para abandonar o MotoGP?

A resposta é simples: contrato. Em 2021 os responsáveis da marca japonesa assinaram um novo contrato com a entidade que gere os destinos do Mundial de Velocidade. Nesse acordo comprometiam-se a participar em MotoGP até final de 2026. Desta forma será impossível à Suzuki sair de cena sem chegar a um compromisso com a Dorna, e Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, já em várias ocasiões fez notar que o abandono não vai acontecer de forma unilateral.

É previsível que a Suzuki aceite pagar uma compensação – na ordem das dezenas de milhões de euros – à Dorna para deixar de ter as duas GSX-RR inscritas pela Suzuki Ecstar na grelha de partida de MotoGP. Mas do ponto de vista económico, para a Suzuki Motor Corporation o pagamento desta compensação será sempre melhor do que continuar a investir mais milhões de euros no projeto desportivo de MotoGP, que será um valor mais elevado do que o que vão pagar à Dorna.

SuzukiNo comunicado é explicado que a decisão de abandonar o MotoGP fica a dever-se “À atual situação económica e à necessidade de concentrar os esforços nas grandes mudanças que o mundo motorizado enfrenta nestes anos”, e refere que a intenção será diminuir a presença da marca no mundo da competição.

Com a saída do MotoGP, a Suzuki apenas ficará com uma presença forte e esforço oficial no Mundial de Resistência FIM graças à equipa SERT Motul.

Neste comunicado agora divulgado, não deixa de haver uma palavra para os fãs e todos aqueles que apoiam a marca nas mais diversas competições, e em particular a equipa Suzuki Ecstar que tem obtido bons resultados em MotoGP, incluindo o título de pilotos por Joan Mir em 2020, e também o título de equipas:

“Gostaríamos de expressar a nossa mais profunda gratidão à equipa Suzuki Ecstar, todos aqueles que apoiaram as atividades desportivas da Suzuki ao longo de muitos anos, e a todos os fãs da Suzuki que nos deram o seu apoio entusiástico”.

Agora que se confirma oficialmente a decisão da Suzuki em abandonar o MotoGP no final de 2022, Carmelo Ezpeleta tem pela frente uma missão: preencher os dois lugares que ficarão vagos na grelha de partida da categoria rainha.

O próprio CEO da Dorna confirma que essa situação será tratada de forma tranquila, e que existem muitas entidades interessadas. Teremos então de aguardar pela decisão da Dorna sobre quem ficará no lugar da marca japonesa a partir de 2023.

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