Depois de 25 voltas intensas e bastante molhadas, o Grande Prémio da Tailândia de MotoGP terminou com uma fantástica vitória de Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory). O piloto português mostrou novamente que à chuva é um dos melhores, e não deixou fugir a segunda vitória da temporada 2022 da categoria rainha.
O piloto português teve de batalhar intensamente com Jack Miller (Ducati Lenovo Team), mas a partir do momento em que assumiu a liderança da corrida tailandesa, à 15ª volta, Miguel Oliveira conseguiu escapar na liderança da corrida de MotoGP.
Mesmo com Miller a tentar responder ao ataque do português da KTM, tentando aproveitar a potência da sua Ducati e também a sua capacidade de pilotar à chuva, a verdade é que neste duelo à chuva o mais forte foi mesmo o piloto nascido em Almada. Em pouco tempo Miguel Oliveira foi conquistando uma margem de segurança sobre Miller.
Um enorme resultado para o Miguel Oliveira, que depois de ter partido de 11º na grelha de partida, e depois de toda a ansiedade causada pelos sucessivos atrasos na corrida devido à chuva intensa que se fez sentir este domingo no Chang International, volta a reinar à chuva em MotoGP, conseguindo nos momentos iniciais do GP da Tailândia realizar diversas voltas rápidas consecutivas, o que lhe permitiu subir rapidamente na classificação.
Com este novo recital à chuva, depois do que já tinha feito no GP da Indonésia no início da temporada, Miguel Oliveira adicionou pontuação máxima nesta ronda, 25 pontos, alcança a quinta vitória em MotoGP na sua carreira, e reforça o seu estatuto como um dos melhores pilotos neste tipo de condições climatéricas.
Com Miguel Oliveira intratável em primeiro e volta após volta a conseguir reforçar a sua liderança rumo à vitória no Grande Prémio da Tailândia, Jack Miller foi tentando evitar que o português escapasse, mas sem grandes resultados. Ainda conseguiu aproximar-se na entrada das últimas cinco voltas, mas Miguel Oliveira voltou a “acordar” e descolou ligeiramente.
Mais atrás, Johann Zarco (Prima Pramac Ducati) estava com um ritmo diabólico. Depois de passar Marc Márquez (Repsol Honda) e subir a quarto, Zarco ataca Bagnaia, aparentemente sem qualquer problema com a luta do italiano pelo campeonato de MotoGP.
Já com algumas zonas de trajetórias secas, Zarco pressionou, mas nunca acabou por concretizar o ataque final pelo terceiro lugar, com Bagnaia então a aproveitar o descalabro de Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha), pois o campeão não foi capaz de entrar nos pontos depois de uma primeira volta desastrosa que o atirou para lugares muito atrasados.
Quartararo cruzou a linha de meta em 17º, claramente um resultado muito negativo para a sua luta pela revalidação do título, sem somar qualquer ponto, o que deixa novamente os primeiros classificados do campeonato mais próximos, até porque Aleix Espargaró (Aprilia Racing) consegue terminar em 11º, ele que cumpriu uma “long lap penalty” depois de um contacto com Brad Binder (Red Bull KTM Factory).
Nas contas do campeonato temos Fabio Quartararo em primeiro com 219 pontos, Francesco Bagnaia segue agora logo atrás com menos 2 pontos (217 pontos) e recupera do desaire japonês, Aleix Espargaró continua a sonhar com o título ao somar agora 199 pontos, estando então a apenas 20 pontos de Quartararo, enquanto Enea Bastianini com 180 pontos está a 39 na quarta posição, um ponto à frente de Jack Miller, que tem feito um final de temporada em grande estilo, e pode ser então uma “carta fora do baralho” nas últimas três corridas que faltam até final do ano.
Quanto a Miguel Oliveira, esta excelente vitória permite ao piloto português subir a 8º na classificação, somando agora 131 pontos.
O Mundial de Velocidade vai agora parar durante duas semanas, sendo que a próxima ronda será o Grande Prémio da Austrália de 14 a 16 de outubro.