A fratura na omoplata direita que resultou da queda sofrida em conjunto com Aleix Espargaró nos primeiros momentos da corrida MotoGP Sprint do Grande Prémio do Qatar, deixou Miguel Oliveira fora de ação nas duas corridas no circuito de Losail, mas, também, fora de ação no que falta disputar da temporada 2023 da categoria rainha.
Miguel Oliveira foi avaliado no Qatar e já sabe que não está apto a competir no Grande Prémio da Comunidade Valenciana. Nessa derradeira ronda de 2023, o português será substituído na CryptoData RNF Aprilia por Lorenzo Savadori, piloto de testes da Aprilia Racing em MotoGP.
Uma lesão que dita um final de temporada antecipado, e que acaba por ser o culminar de uma temporada abaixo das expectativas e onde o piloto luso, para além das lesões, acabou por sentir muitos problemas a pilotar a sua Aprilia RS-GP 22.
Em reação ao que aconteceu no Grande Prémio do Qatar, e já depois de saber que não pode competir mais este ano, Miguel Oliveira explicou o que aconteceu na curva 6 do circuito de Losail:
“Foi um incidente de corrida. Infelizmente, uma queda com um companheiro da Aprilia, o que realmente me deixa desapontado. Tive um arranque realmente bom (sábado), por isso pensei que poderia continuar a ganhar posições. Mas na curva 6 travei um pouco mais tarde, talvez o Aleix tenha travado um pouco demais. Assim que vi que iria provavelmente bater nele, meti a moto direita para o evitar, mas não consegui evitar roda traseira dele. Infelizmente caímos os dois, o que é desapontante. Foi um cálculo mal feito, que terminou com os dos no chão e os dois lesionados”, explicou o piloto português, dando a sua visão do incidente na MotoGP Sprint do Grande Prémio do Qatar.
Apesar de ser um incidente de corrida, os Comissários FIM de MotoGP decidiram penalizar Miguel Oliveira com uma “long lap”. Essa penalização será cumprida no próximo evento em que participar, o que significa, provavelmente, que no Grande Prémio do Qatar que vai abrir a temporada 2024 da categoria rainha teremos Miguel Oliveira a cumprir uma “long lap” na corrida principal de domingo.
A fratura na omoplata deixa o piloto da CryptoData RNF Aprilia fora de ação. Mas quanto tempo vai demorar esta recuperação?
Nem o próprio piloto consegue ainda antecipar essa resposta, mas afasta, para já, a necessidade de operação:
“Tenho uma omoplata fraturada e não sei ainda realmente a real extensão da lesão. Assim que regressar a casa vou poder perceber melhor e ver o que tenho pela frente em termos de recuperação. Parece que não vou necessita de operação, mas vai demorar um pouco de tempo. Apenas demora algum tempo para conseguir que o osso tenha uma boa solidificação e ver o que tenho pela frente em termos de tendões e toda a área do ombro. A minha perna também está um pouco dorida, mas penso que num par de dias estará boa.”, disse Miguel Oliveira.
Esta foi então a última vez que vimos o piloto luso em pista na temporada 2023. E aproveitando o momento, Miguel Oliveira fez uma análise ao que aconteceu este ano e uma antevisão da temporada 2024:
“Infelizmente vou perder o que falta da temporada, por isso esta foi a minha última volta. Foi uma temporada miserável, sim. Terminei oito corridas. Não foi o que eu esperava, isso é certo. Tive um pouco de tudo esta temporada: azar, embates com outros pilotos, problemas técnicos com a moto. Tive um pouco de tudo esta temporada, não foi o que eu esperava, mas penso que isso também poderá ajudar a construir caráter para a próxima temporada. Estou feliz por ter sobrevivido a tudo esta temporada, por isso espero que na próxima temporada seja melhor”.
“É o que é (a lesão). Tenho de ficar bom e não estou desencorajado por terminar a temporada desta forma. Estaria mais feliz por terminar a corrida em Valência de uma forma boa, fazer o teste e levar esse feeling para o inverno. Já fui para o inverno com vitórias, com uma posição muito boa na classificação, terminando em 3º ou 4º no teste de Valência. Mas todos esses sentimentos desaparecem assim que fazemos o reset e definimos os objetivos para a temporada, e agora só quero estar a 100% no teste de inverno em Sepang e começar a partir daí”, concluiu Miguel Oliveira.
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