MotoGP 2023 – A reação de Miguel Oliveira ao primeiro dia de GP da Índia

Miguel Oliveira teve um primeiro dia de Grande Prémio da Índia de MotoGP difícil. Eis a reação do piloto português.

Creditado como um dos especialistas do MotoGP no que diz respeito a vencer em circuitos que são visitados pela primeira vez, Miguel Oliveira não teve um dia particularmente fácil nesta sexta-feira que serviu de arranque para o primeiro Grande Prémio da Índia. O circuito Buddh International já tinha sido alvo de uma primeira “inspeção” por parte do piloto português, mas apenas agora o piloto da CryptoData RNF Aprilia conseguiu rodar aos comandos da sua RS-GP 22.

Sendo um circuito bastante técnico, e que por isso obriga os pilotos a encontrarem uma linha de trajetória mais fluida, esperava-se que a capacidade de leitura já demonstrada por Miguel Oliveira noutras ocasiões, e que, inclusivamente, resultou em duas vitórias (Portugal e Indonésia), desse alguma vantagem ao português.

Mas o que se viu hoje nos dois treinos de MotoGP no Buddh International fugiu por completo às expectativas.

miguel oliveiraEnfrentando duas sessões de duração alargada para 70 minutos cada, Miguel Oliveira demorou a entrar no ritmo. Na sessão matinal a diferença para os mais rápidos era grande, e por isso na sessão da tarde, que definiu os pilotos que passam diretamente à Q2 de MotoGP, o piloto luso rapidamente passou ao ataque.

Porém, e mesmo tendo em conta que melhorou o seu melhor tempo em mais de 1,5 segundos da manhã para a tarde do primeiro dia de Grande Prémio da Índia, Miguel Oliveira não foi além do 17º tempo. E isso coloca o português sob alguma pressão adicional para o que falta disputar desta ronda de 2023.

A segunda sessão de treinos livres, que acontece na madrugada de sábado (hora portuguesa), terá de ser de trabalho adicional para o piloto e os seus mecânicos da CryptoData RNF Aprilia, pois a moto italiana tem ainda de ser trabalhada de forma a encontrarem algumas soluções que permitam a Miguel Oliveira elevar o seu ritmo e alcançar resultados mais satisfatórios, a começar logo pela passagem à Q2 de MotoGP.

Mas para aí chegar e disputar as melhores posições da grelha de partida, terá ainda de enfrentar a Q1 e conseguir aí ser um dos dois mais rápidos em pista. Uma missão que será complicada tendo em conta o que vimos hoje, mas também se contarmos com outros pilotos que também vão estar nesta primeira qualificação do GP da Índia e que, normalmente, estão na Q2.

miguel oliveiraDepois de um dia complicado, Miguel Oliveira reagiu ao que aconteceu em pista:

“Hoje foi um dia bastante difícil, tivemos mais de uma hora de sessão na manhã e de tarde. Não é fácil fazer a gestão, e certamente que não fomos ao máximo em termos de esforço físico. A sessão da manhã foi um pouco complicada para entender e onde colocar as rodas. Puxámos um pouco mais no ataque ao tempo no Treino, mas com o calor tem sido muito desafiante. É (o circuito) muito técnico, o traçado tem muitos pontos de travagem onde não podemos soltar muito. Obviamente é uma pista divertida de pilotar, diverti-me especialmente na sessão da tarde e estou ansioso por amanhã para dar mais um passo em frente”, referiu Miguel Oliveira no final do primeiro dia de GP da Índia.

Numa análise mais técnica, o piloto português refere que “O problema para mim é mais a travagem. Eu continuo a falhar o apex e é fácil falhar o ponto de travagem, e o problema é quando estou a entrar em curva a moto desliza demasiado de traseira. Parece que vou sofrer um highside na entrada, e eu não consigo ter travagem suficiente”.

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