Fez o sétimo melhor tempo do primeiro dia de MotoGP a contar para o Grande Prémio da Indonésia, e com isso garantiu desde já a entrada direta na ambicionada Qualificação 2. Miguel Oliveira esteve esta sexta-feira em plano de destaque pela positiva no arranque da ação no circuito de Mandalika, e nem mesmo uma queda no Treino Livre 1 impediu o português da CryptoData RNF Aprilia de fazer um bom tempo.
Um primeiro dia positivo garante a Miguel Oliveira a possibilidade de trabalhar mais “tranquilamente” nas afinações da sua Aprilia RS-GP 22 tendo em vista o ritmo de corrida.
Ao contrário de rondas mais recentes em que teve de enfrentar a Q1, e com isso teve de pensar mais na volta rápida para conseguir passar à Q2, no Grande Prémio da Indonésia vai poder usar a sessão Treino Livre 2 de MotoGP para afinar a moto na procura pelas afinações que permitem ambicionar a bons resultados em cenário de corrida.
No final do primeiro dia no circuito de Mandalika, e em reação ao 7º tempo que lhe abre as portas da Q2 de MotoGP, Miguel Oliveira fez questão de destacar que “Hoje foi bom, finalmente consegui fazer a última tentativa com o traseiro macio, com muitas bandeiras amarelas, por isso estava um pouco impaciente para conseguir a minha volta. Mas finalmente consegui fazer uma volta limpa. Na verdade, não sabia se seria suficiente porque 30.4s é muito rápido e eu fiz 31.2s. Mas sim, feliz por ter conseguido passar, ainda com algum trabalho para amanhã de manhã em termos de ritmo”, começou por referir o piloto português numa primeira análise.
Quando instado a comentar sobre o porquê das Aprilia se estarem a dar tão bem em Mandalika, Miguel Oliveira refere que “Não faço ideia. Ontem ao olhar para o traçado vi que não nos deveríamos preocupar porque o layout adapta-se a muitos aspetos da nossa moto. No meu caso apenas necessito de perceber como tirar partido do que a moto consegue fazer melhor. De momento parece que não estou tão confortável na moto”.
E o que é que está a faltar para melhorar o tempo por volta e estar mais perto dos dois pilotos da Aprilia Racing que lideram a tabela de tempos?
“Setor 2. Perco muito, é um setor rápido, não tenho forma de curvar, não tenho estabilidade suficiente, e estou simplesmente a perder demasiado tempo. Penso que consigo estar mais perto do que estou agora, esse será o meu principal objetivo”.
Outro tema abordado com a imprensa após o final dos treinos de sexta-feira do Grande Prémio da Indonésia foi, claro, a nova superfície de asfalto que foi colocada no circuito da Mandalika.
Um asfalto novo coloca sempre desafios diferentes para os pilotos e respetivas equipas, nomeadamente a questão do nível de aderência, mas também, no caso de Mandalika, devido ao muito pó que se acumula no asfalto e faz com que a trajetória ideal seja bastante estreita.
Sobre o circuito e o novo asfalto, Miguel Oliveira diz que “Na verdade a aderência é bastante boa, a pista está bastante plana, ou seja, não tem muitos ressaltos, e os corretores estão muito bons. Por isso foi um trabalho bem feito”, referindo-se às modificações operadas no traçado indonésio em comparação com a edição de 2022.
Mas mesmo com essas melhorias no circuito, a verdade é que vimos muitos pilotos sofrerem quedas, particularmente ao perderem a frente das suas motos e não conseguindo evitar a queda. Talvez Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) tenha sido dos poucos a conseguir salvar, de forma espetacular, o que parecia ser um “low side” certo.
Numa análise técnica aos pontos mais complicados de Mandalika, Miguel Oliveira faz questão de realçar que “O problema não são os pontos de travagem. É a trajetória que podemos usar e limpa é muito estreita, por isso as curvas 1 e 10, e a entrada na 16 são os pontos mais críticos em travagem”.
Por último, e porque a mudança para a Repsol Honda continua a dar que falar no paddock de MotoGP, Miguel Oliveira foi confrontado com as declarações de Razlan Razali (e Massimo Rivola), sobre uma suposta cláusula especial no contrato que assinou com a Aprilia Racing, e que lhe permitiria sair da marca italiana caso tivesse uma proposta de contrato para pilotar para uma equipa de fábrica.
Razali e Rivola afirmaram que o piloto português não tem essa cláusula no seu contrato, mas o piloto de Almada não segue o mesmo discurso, dizendo simplesmente e apenas que “Isso não é verdade!”, referindo-se às declarações dos responsáveis da CryptoData RNF Aprilia e da Aprilia Racing.
Uma situação que teremos de seguir atentamente nos próximos dias e que poderá significar que a carreira do piloto português seguirá um novo rumo em MotoGP.
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