Os protótipos de MotoGP atuais são fisicamente muito mais exigentes para os pilotos do que eram há alguns anos. A performance das motos modernas obriga os pilotos da categoria rainha a treinarem ao máximo o físico, mas nem mesmo estes atletas profissionais conseguem aguentar o esforço repetido de levar uma MotoGP ao limite, volta após volta. E isso ficou bem patente no recente teste oficial de Portimão, em que Aleix Espargaró sofreu bastante com dores no seu braço direito.
O piloto espanhol da Aprilia Racing já tinha deixado no ar a intenção de recorrer a uma operação ao braço como forma de resolver o problema, que depois de regressar a Espanha e ter sido seguido nos últimos dias pelos médicos, ficou a saber que seria uma fibrose.
De acordo com o Dr. Xavier Mir, da Clínica Dexeus de Barcelona, que liderou a equipa médica responsável pela operação ao piloto, “O Aleix Espargaró submeteu-se a uma operação ao antebraço direito, devido a retração fibrótica com compressão do nervo mediano”.
O nervo mediano é responsável por ajudar a movimentar o antebraço, pulso, mão e dedos. E no caso de Aleix Espargaró, a sua compressão devido à fibrose estava a provocar-lhe dores agudas e falta de força para pilotar a sua Aprilia RS-GP 23.
O piloto tem agora cerca de 10 dias para recuperar desta operação, recuperação que vai iniciar já a partir desta quarta-feira 15 de março, com o comunicado da Aprilia Racing a apontar para uma recuperação a tempo da primeira corrida do ano.
No entanto, Aleix Espargaró tem pela frente um verdadeiro contrarrelógio, o que poderá deixar o principal piloto da Aprilia Racing com a necessidade de iniciar a temporada 2023 de MotoGP, no Grande Prémio de Portugal (24 a 26 de março), sem estar a 100% em termos físicos.
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