A grande novidade para esta temporada 2023 de MotoGP, a introdução das corridas Sprint ao sábado à tarde, levou a uma profunda remodelação ou adaptação do programa de cada Grande Prémio. Desde os treinos de sexta-feira, passando pelas sessões de sábado de manhã, os pilotos da categoria rainha, e as respetivas equipas, tiveram de descobrir como tirar o máximo proveito de um novo formato delineado para este ano.
Este novo formato parece ser do agrado dos fãs, com as audiências a aumentarem, tal como os fãs nas bancadas de cada circuito, mas a verdade é que tanto para pilotos como para as equipas de MotoGP, este formato que inclui as corridas Sprint obrigou a uma alteração forçada na forma de trabalho.
Antigamente, as duas sessões de treinos livres do primeiro dia de cada Grande Prémio, eram mais “descontraídas”, até porque havia sempre a hipótese de os pilotos tentarem o acesso direto à Qualificação 2 de MotoGP através da terceira sessão de treinos livres disputada na manhã de sábado.
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Porém, este ano apenas as duas sessões de treinos (deixaram de se chamar treinos livres!) de sexta-feira contam para definir quais os dez pilotos que acedem diretamente à Q2. Isto significou, pelo menos até agora, que os pilotos enfrentavam os treinos de sexta-feira como verdadeiras qualificações, arriscavam mais, caíram mais vezes, e muitas vezes sofreram lesões que os impediram de competir.
Agora que estamos na pausa de verão, e cumprindo com o que estava prometido, de adaptar este novo formato de Grande Prémio para garantir a segurança dos pilotos, mas sempre tendo o espetáculo como foco principal, a Comissão de Grandes Prémios reuniu-se após o Grande Prémio dos Países Baixos e decidiu-se pela alteração à forma como os pilotos podem aceder à Q2.
Em Assen, Aleix Espargaró (Aprilia Racing), um dos pilotos que habitualmente aborda todas as temáticas que têm influência na segurança, explicou que durante a habitual reunião da Comissão de Segurança “Todos os pilotos pressionaram a comissão para alterar o programa de sexta-feira e libertar a primeira sessão de treinos livres, mas a Ducati não estava de acordo e votou contra. Pedimos esta alteração não por questões de rendimento, mas sim de segurança, para evitar acidentes no Treino 1 e enfrentar de forma mais descontraída. Parece que eles não gostaram da ideia e isso é estranho pois todos os pilotos estavam a favor, mas os altos responsáveis da Ducati não. Não entendo porque respeitaram os pilotos”, deixando assim claro o seu ponto de vista sobre a vontade da Ducati.
Porém, os pedidos dos pilotos finalmente foram ouvidos… e aceites!
De acordo com o comunicado da Federação Internacional de Motociclismo, liderada pelo português Jorge Viegas, a Comissão de Grandes Prémios reuniu-se, e, finalmente, todos os fabricantes aceitaram as alterações ao formato dos Grandes Prémios.
Assim, a partir do Grande Prémio da Grã-Bretanha, a disputar de 4 a 6 de agosto, estas alterações já estarão em efeito.
E quais são estas alterações ao formato dos Grandes Prémios de MotoGP?
A principal alteração é que a primeira sessão em pista realizada na manhã de sexta-feira, não contará mais para definir quais os pilotos que acedem à Qualificação 2. A denominação dessa primeira sessão passar de Treino 1 para Treino Livre 1, mantendo-se com 45 minutos de duração.
Depois haverá a sessão denominada de Treino (antigo Treino 2), que tem a duração de 60 minutos e será a única cujos resultados definem os dez pilotos que passam direto à Q2, e quais os que terão de enfrentar a Q1.
Sábado de manhã a até agora denominada sessão Treino Livre (e que no formato de 2023 já não contava para definir os pilotos que passam à Q2 direto) será a partir do GP da Grã-Bretanha a sessão Treino Livre 2.
Aqui fica o novo programa para a classe MotoGP
Sexta-feira
– Treino Livre 1 – 45 minutos
– Treino – 60 minutos – única sessão que define pilotos que passam à Q2
Sábado
– Treino Livre 2 – 30 minutos
– Qualificação 1 – 15 minutos
– Qualificação 2 – 15 minutos
– MotoGP Sprint
Domingo
– Warm Up – 10 minutos
– Corrida
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