Depois de um fim de semana de descanso entre o Grande Prémio da Argentina e o Grande Prémio das Américas, o paddock de MotoGP voltou a “incendiar” com atividade e intensidade máxima no Circuito das Américas, num fim de semana que foi bastante recheado de acontecimentos, principalmente o regresso à competição de Miguel Oliveira (CryptoData RNF Aprilia).
Depois de considerado apto para competir, Miguel Oliveira enfrentou um fim de semana de GP das Américas num circuito onde em anos anteriores não tinha obtido os resultados ambicionados. E tudo parecia continuar igual com duas quedas na segunda sessão de treinos na sexta-feira, o que deixou, inevitavelmente, alguma desconfiança na Aprilia RS-GP22, que foi depois recuperada nos dias seguintes e em grande estilo!
Pese embora o 15º lugar em qualificação deixasse o piloto de Almada longe das posições desejadas, a verdade é que, ao seu melhor estilo, Miguel Oliveira encetou duas grandes prestações, tanto na corrida MotoGP Sprint de sábado como depois na corrida principal que aconteceu no domingo.
Na MotoGP Sprint, Miguel Oliveira fez mais um grande arranque e logo na primeira volta subiu seis posições para se acomodar em 9º e já com um ponto no bolso. Porém, o piloto luso não se ficou por aí, e a duas voltas do final das 10 voltas da MotoGP Sprint, Miguel Oliveira viria mesmo a garantir o 8º lugar e mais dois pontos para a sua conta pessoal do campeonato de pilotos de MotoGP.
O melhor estaria depois para acontecer, quando no domingo, na corrida principal do Grande Prémio das Américas, Miguel Oliveira viria a conseguir uma recuperação ainda mais fantástica.
Partindo novamente de 15º na grelha de partida da categoria rainha, o piloto da CryptoData RNF Aprilia voltava a conseguir replicar o excelente arranque, e ainda no primeiro setor do COTA, e na primeira volta de corrida, Miguel Oliveira era já dono e senhor da 9ª posição. No final dessa primeira volta viria a subir mais uma posição, subindo a 6º quando se passava metade das 20 voltas da corrida de MotoGP.
Até à bandeira de xadrez conseguiu mesmo ultrapassar o líder do campeonato, Marco Bezzecchi (Mooney VR46), fechando assim o seu regresso ao ativo com um excelente 5º lugar, e demonstrando que mesmo num circuito que não será o mais benéfico para si, Miguel Oliveira superou as dificuldades e somou mais 13 pontos.
Quanto às corridas, na MotoGP Sprint foi o campeão Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) a ser o piloto mais forte em pista. O italiano não sentiu grandes dificuldades para amealhar uma boa vantagem para os perseguidores, tendo conseguido vencer destacado, e pela segunda vez, uma corrida MotoGP Sprint.
Os restantes lugares do pódio na corrida curta do circuito texado ficaram para Alex Rins (LCR Honda Castrol), que começava então a mostrar capacidades para garantir a primeira vitória com a Honda desde que saiu da Suzuki no final de 2022, enquanto Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) conseguiu mesmo bater Aleix Espargaró (Aprilia Racing) na luta pelo degrau mais baixo do pódio.
Já na corrida “longa” de MotoGP, assistimos a um verdadeiro GP acidentado, com apenas 13 pilotos a terminarem a corrida!
Logo no arranque o plantel ficou reduzido, pois Alex Márquez (Gresini Racing) foi vítima de uma queda depois de ser tocado por Jorge Martin, quando o espanhol da Pramac exagerou nas suas ambições. Aleix Espargaró também não demorou muito a ficar fora de ação, enquanto Jack Miller (Red Bull KTM Factory) estava a voar no Circuito das Américas, e de 10º na grelha de partida estava então em 3º.
Infelizmente o piloto australiano viu o seu primeiro pódio desaparecer na escapatória do COTA, não tendo evitado uma queda que levou Miller a abandonar a corrida de MotoGP.
Francesco Bagnaia bem tentou replicar a estratégia de MotoGP Sprint, porém, e mais uma vez sozinho, o campeão deixou a Ducati Lenovo Team à beira de um ataque de nervos. Quando liderava, “Pecco” caiu e ficou fora da corrida, deixando então Alex Rins e a sua Honda RC213V sozinhos para garantir uma fantástica vitória.
Rins vence pela primeira vez desde que se mudou para a Honda, e a Honda vê pela primeira vez em muitos anos um piloto que não Marc Márquez (ausente do GP das Américas por lesão) vencer um Grande Prémio.
O pódio viria a ser ainda ocupado por Luca Marini (Mooney VR46), que aproveitou da melhor forma a queda de Bagnaia, e que depois dessa queda do compatriota acabou por ter de se defender de Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha), que teve neste GP das Américas, e particularmente na corrida principal, a sua melhor prestação da temporada conseguindo o primeiro pódio do ano, atrás de Marini.
Classificação de MotoGP após o Grande Prémio das Américas
1 – Marco Bezzecchi – Mooney VR46 – 64 pontos
2 – Francesco Bagnaia – Ducati Lenovo Team – 53 pontos
3 – Alex Rins – LCR Honda Castrol – 47 pontos
4 – Maverick Viñales – Aprilia Racing – 45 pontos
5 – Johann Zarco – Prima Pramac Ducati – 44 pontos
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14 – Miguel Oliveira – CryptoData RNF Aprilia – 16 pontos
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