Após cinco semanas de pausa de verão, os fãs de MotoGP esperavam ansiosamente pelo que iria acontecer no Grande Prémio da Grã-Bretanha, com o circuito de Silverstone a estar debaixo de todas as atenções. E para os portugueses, claro, o ponto de maior interesse era perceber como está Miguel Oliveira depois deste longo período de paragem.
Para descanso de todos, Miguel Oliveira, em antevisão ao fim de semana britânico, tinha confirmado que estava a 100% em termos físicos, e essa sua resistência física foi precisamente colocada em teste quando, durante a sessão Treinos Livres 2, e já depois de ter feito o 3º melhor tempo da sessão, o piloto português da CryptoData RNF Aprilia sofreu uma queda.
A queda não foi particularmente “dura” em termos físicos, mas acabou por ter consequências na forma como Miguel Oliveira enfrentou tanto a qualificação, como depois a corrida MotoGP Sprint disputada na tarde de sábado em Silverstone.
Isto porque a Aprilia RS-GP 22 do português acabou por ficar danificada nessa queda da manhã, sendo que a moto estava equipada com o quadro antigo, a estrutura dupla trave em alumínio que Miguel Oliveira vinha a usar desde o arranque da temporada 2023.
Para este Grande Prémio da Grã-Bretanha o luso tem à sua disposição uma segunda versão, ou uma evolução, do quadro da Aprilia, sendo que numa opinião após o primeiro dia em que o testou, Miguel Oliveira referiu que sente que esse novo quadro tem potencial, mas não parecia estar totalmente confiante de o utilizar em corrida já este fim de semana.
Porém, com o quadro preferido a estar montado na moto que caiu na TL2, Miguel Oliveira viu-se na necessidade de qualificar com a segunda moto, esta equipada com o quadro novo, e o 16º lugar em qualificação parecia dar razão à intenção do português em não arriscar usar o quadro novo em situação de corrida.
Porém, acabou mesmo por arrancar para a corrida MotoGP Sprint com o quadro novo, opção confirmada a poucos minutos do arranque da corrida curta de 10 voltas pelo responsável máximo da CryptoData RNF Aprilia, Razlan Razali.
E nessa corrida Miguel Oliveira voltou a estar em destaque.
Tendo começado bastante mal, descendo de 16º até 20º, o piloto natural de Almada rapidamente recuperou a concentração, e assim que apanhou um pelotão de MotoGP mais “esticado” na pista, o #88 começou a rodar a um ritmo que lhe permitiu receber a bandeira de xadrez em 10º, apenas uma posição atrás de um resultado que lhe daria um ponto nesta MotoGP Sprint do GP da Grã-Bretanha.
Após mais uma corrida em modo de recuperação, Miguel Oliveira já reagiu a este resultado, afirmando que “Hoje senti-me realmente bem. Cometi um erro quando caí esta manhã. Pensei que seria uma melhor ideia manter os mesmos pneus pois eles já estavam prontos para começar, mas eles estavam simplesmente demasiado frios pois não os tínhamos colocado nas mantas aquecedoras há muito tempo. Por isso, fiz toda a Q1 com pneus frios e não consegui a aderência para andar mais rápido. Foi uma pena isso. A corrida foi boa, fiquei preso pelo Brad Binder porque ele fez uma enorme derrapagem no arranque na grelha de partida, e quando fechamos o acelerador toda a gente passa por nós. Estava em 20º, mas recuperei bem até 10º. Fiz um par de boas ultrapassagens e fui rápido na moto, o que foi bom”.
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