O Buddh International é um novo circuito no calendário do Mundial de Velocidade, e que será cenário, de 22 a 24 de setembro, da estreia do Grande Prémio da Índia de MotoGP. Como se trata de um traçado onde ainda ninguém rodou, existe muita ansiedade e entusiasmo para perceber como será pilotar um protótipo de MotoGP neste circuito. E sendo um dos especialistas a vencer na estreia dos circuitos em MotoGP, Miguel Oliveira é uma das “vozes” que interessa ouvir e o português já disse o que pensa do Buddh International.
Aproveitando o dia anterior ao arranque das sessões em pista para os treinos de sexta-feira (com duração alargada) – clique aqui para ficar a par dos horários completos do Grande Prémio da Índia –, Miguel Oliveira participou em diversas atividades que servem para dar um colorido especial à estreia do Grande Prémio da Índia.
Por exemplo, o piloto português da CryptoData RNF Aprilia participou numa simulação de um jogo de cricket em plena reta da meta, um desporto imensamente popular na Índia, mostrando que, se calhar, e como o próprio faz questão de admitir nas suas redes sociais com algum humor à mistura, o melhor será continuar a dedicar-se às duas rodas e ao MotoGP.
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Porém, mais do que estes momentos de descontração, o maior foco de interesse está em perceber o que dizem os pilotos de MotoGP sobre o circuito com mais de 5 km de extensão. E agora que tiveram tempo para percorrer o traçado a pé (ou a correr), os pilotos já têm uma opinião inicial formada sobre o Buddh International.
Para Miguel Oliveira, o circuito tem “Um layout interessante. Tem uma grande reta, mas o resto parece muito divertido. Parece seguro para nós, visto de fora. É promissor, e vamos ver amanhã. Eles (responsáveis pelo desenho do circuito) tentaram aproveitar e usar um pouco de tudo, de outros circuitos. Parece muito interessante este tipo de curvas que eles têm, tipo estádio (com banking), a curva 8 e 9. Essa direita parece ser muito boa. Mas olhando para o layout não faz lembrar nenhum circuito em específico, é uma mistura de vários”, começou por referir na sua análise ao novo circuito indiano.
Claro que a longa reta que liga a curva 3 à curva 4, com mais de 1200 metros, será um dos pontos de maior destaque neste Buddh International. Principalmente quando temos os atuais protótipos de MotoGP a atingirem uma velocidade máxima cada vez mais elevada.
As previsões dos organizadores deste GP da Índia apontam para velocidades máximas superiores a 370 km/h, o que implicará redefinir o recorde de velocidade máxima desta categoria rainha, caso isso se confirme.
E o que pensa Miguel Oliveira dessa reta maior e como “atacar” o Buddh International?
“Não faço ideia da velocidade máxima. A entrada na reta é uma curva muito lenta. Tem uma pequena subida antes de chegar ao ponto de travagem, por isso não consigo dizer. Não espero nenhuma loucura. Mesmo em Austin não atingimos velocidades extraordinárias e tem uma das maiores retas. Esta é maior, mas não consigo saber, mesmo, que velocidades conseguimos atingir, até porque vamos ter de travar para uma curva muito lenta e por isso não sei como vai funcionar. Na minha opinião, em primeiro lugar teremos de tentar perceber a fluidez do circuito e os pontos de travagem. Porque após uma reta temos de saber mais ou menos onde travar”, refere o piloto luso da CryptoData RNF Aprilia.
Quem hoje já conseguiu rodar na nova pista que é o circuito Buddh International, e depois de completados os processos de homologação que permitem ao traçado indiano integrar formalmente o calendário de MotoGP, foi Simon Crafar.
O antigo piloto e agora repórter oficial de MotoGP em cada Grande Prémio, rodou aos comandos de uma BMW Motorrad M 1000 RR, as motos oficiais de apoio do campeonato.
Na opinião de Crafar, e para além do imenso calor que se faz sentir no circuito, o que levará os pilotos a adotarem medidas excecionais para evitarem um desgaste físico acentuado, o layout do circuito Buddh International faz lembrar “Portimão, Suzuka, Monza, o antigo Hockenheim Ring, Sepang e Mugello, com uma reta ainda mais longa. Será preciso algum tempo para aprender, mas é fantástico!”.
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