Tem sido um dos temas mais “quentes” do paddock de MotoGP desde que Marc Márquez confirmou a saída da Repsol Honda: quem é que vai ocupar o lugar deixado vago pelo piloto espanhol na equipa de fábrica da Honda? Um dos nomes, entre os muitos que já foram sendo “confirmados”, é o de Miguel Oliveira.
O piloto português é visto pela Repsol Honda, mas, de uma forma geral no paddock, como um dos pilotos capazes de integrar uma equipa de fábrica e obter bons resultados.
O seu método de trabalho, a sua capacidade de ajudar as equipas em que está integrado a evoluir as motos e respetivas afinações, mas também o facto de ser um dos pilotos do atual plantel de MotoGP com maior número de vitórias no currículo, fazem de Miguel Oliveira um dos mais desejados.
E a Repsol Honda acabou por surgir num possível futuro para a carreira do piloto luso, que até agora tinha deixado a porta aberta para que uma mudança para a Honda pudesse vir a acontecer.
Chegados ao Grande Prémio da Tailândia no circuito de Buriram, palco daquela que foi uma vitória brilhante de Miguel Oliveira em 2022, e com a Honda, através do diretor desportivo da Repsol Honda, Alberto Puig, a continuar a não confirmar negociações ou contactos com pilotos para ocuparem o lugar de Márquez, Miguel Oliveira finalmente colocou um ponto final nos rumores: não vai sair da CryptoData RNF Aprilia!
Em declarações ao portal MotoGP.com – veja o vídeo clicando aqui –, Miguel Oliveira é questionado sobre se tem novidades para 2024 ou alguma coisa a acrescentar ao que sabíamos na passada semana, ao que responde simplesmente que “Não, não muito mais”. O repórter do MotoGP.com tenta insistir perguntando sobre se está envolvido em negociações, e o piloto português claramente refere que “Não, não estamos”.
Desta forma, e com duas respostas curtas, está afastada a hipótese de Miguel Oliveira sair da CryptoData RNF Aprilia em 2024 rumo à Repsol Honda.
Refira-se que os rumores de paddock apontaram para que, nas supostas negociações entre piloto e Honda, o português terá pedido um contrato plurianual e um ordenado que supostamente seria de 3 milhões por ano. A Honda estaria disposta a oferecer um contrato de um ano e um ordenado mais baixo.
Miguel Oliveira desejaria o lugar na equipa de fábrica da Honda, mas com garantias de que no final de 2024 não ficaria “a pé”, pois nessa altura haverá muitos pilotos a negociarem os seus contratos, e ainda para mais sabendo-se que a adaptação à RC213V, uma moto que tem estado abaixo da performance ideal, poderia no futuro fazer com que Miguel Oliveira não estivesse no topo da lista de desejos de equipas da categoria rainha devido a um 2024 menos conseguido.
Do ponto de vista dos responsáveis da Honda, o objetivo será resolver a saída de Marc Márquez no imediato, oferecendo apenas um ano de contrato, mas deixando as opções livres para 2025, para então poderem negociar com outros pilotos sem estarem “presos” a um piloto com um contrato plurianual.
Nesse sentido, atualmente a Honda tem pela frente uma missão complicada, mas poderá ter em Fabio di Giannantonio a sua “salvação”. Até porque um dos pilotos que estava a ser ligado à Repsol Honda, e que já esteve em MotoGP (este ano apenas como piloto de substituição de pilotos Honda lesionados), Iker Lecuona, confirmou hoje mesmo que vai permanecer no Mundial Superbike com o Team HRC ao lado de Xavi Vierge.
O italiano da Gresini Racing não tem contrato assinado com nenhuma equipa para 2024, e nem mesmo um regresso às Moto2 é possível.
A sua ida para a Repsol Honda poderia ser um último recurso para o piloto italiano, que estará disposto a arriscar um ano apenas de contrato com a Repsol Honda para se manter na elite do motociclismo de velocidade.
Quer saber quais são os horários completos do Grande Prémio da Tailândia de MotoGP? Apenas tem de clicar aqui !
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