Foram momentos verdadeiramente aterradores para todos aqueles que viram, ao vivo ou na transmissão de TV, o que aconteceu a Francesco Bagnaia durante o Grande Prémio da Catalunha de MotoGP. O piloto da Ducati Lenovo Team sofreu um aparatoso “highside” na saída da curva 2 do circuito Barcelona-Catalunha, e na sequência dessa queda ficou precisamente na trajetória de todo o pelotão que vinha atrás de si.
Pese embora as imagens do momento em que Brad Binder (Red Bull KTM Factory) atropelou “Pecco” Bagnaia, passando com a sua moto por cima das pernas do campeão de MotoGP, sejam verdadeiramente aterradoras e tenham deixado todos em choque, a verdade é que, felizmente, tudo não passou de um enorme susto para Bagnaia.
Tendo sido transportado para o centro médico do circuito catalão de ambulância, e sido aí examinado pelo Dr. Chartre enquanto a corrida recomeçava em pista, Francesco Bagnaia começou por receber a boa notícia que os exames no circuito não revelavam qualquer fratura associada ao incidente momentos antes.
Porém, as várias contusões nas pernas do piloto italiano, levaram os médicos e a equipa Ducati Lenovo Team a optarem por levar Bagnaia até ao Hospital Geral da Catalunha em Sant Cugat, onde foi submetido a exames complementares que reconfirmaram as suspeitas iniciais.
Para sorte do piloto, nenhuma das pernas sofreu fraturas. Apenas há a registar diversas contusões.
De facto, a situação terminou de uma forma muito mais positiva do que inicialmente se chegou a pensar. O próprio piloto saiu dos exames médicos pelo seu próprio pé, naturalmente com a ajuda de canadianas, revelando vontade em participar no Grande Prémio de São Marini já no próximo fim de semana.
Para a Ducati Lenovo Team, e obviamente para o piloto, estas são boas notícias. Mas a confirmação da participação de Bagnaia no GP de São Marino no circuito de Misano ainda terá de ser confirmada ao longo desta semana.
Em reação a tudo o que aconteceu este domingo na Catalunha, Bagnaia refere que “Não foi uma situação normal e agora é difícil para mim explicar o que aconteceu. Foi um acidente muito estranho e, felizmente, não fiquei gravemente ferido. Já na volta de aquecimento percebi que não tinha muita aderência na traseira. Agora tudo faremos para tentar voltar à pista já no GP da próxima semana em Misano”.
E se Francesco Bagnaia está “OK”… Enea Bastianini está “KO”!
Frações de segundo antes da queda de Bagnaia na saída da curva 2, Bastianini tinha exagerado na vontade em recuperar posições logo após o arranque para a corrida do GP da Catalunha. Na travagem para a curva 1, o italiano ainda tentou evitar o contacto com outros pilotos, mas acabaria por bloquear a roda dianteira, que escorregou, e levou Bastianini a embater num outro piloto.
No total, o piloto da Ducati Lenovo Team levou consigo para a gravilha da escapatória na curva 1 nada menos do que outras quatro motos da Ducati: Johann Zarco (Prima Pramac Ducati), Marco Bezzecchi (Mooney VR46), Alex Márquez (Gresini Racing) e Fabio di Giannantonio (Gresini Racing). Todos eles regressaram à pista e participaram no recomeço da corrida após as bandeiras vermelhas.
Quanto a Enea Bastianini, e tal como o seu companheiro de equipa, também foi transportado para o hospital em Sant Cugat, mas mais uma vez confirmou-se o pior cenário para o piloto da Ducati: fratura no maléolo tibial (tornozelo) esquerdo, e fratura do segundo metacarpo na mão esquerda.
Ambas as fraturas foram imobilizadas, e o piloto será submetido a duas operações para debelar estas lesões sofridas durante o GP da Catalunha.
Ao contrário de Bagnaia, que tem hipóteses de competir já em Misano, no caso de Enea Bastianini espera-o uma recuperação mais prolongada, pelo que teremos de aguardar informações oficiais sobre quando poderá regressar à competição, ele que esta temporada já esteve lesionado durante muito tempo.
Não podendo competir no GP de São Marino, Enea Bastianini será substituído por um piloto que a Ducati terá de encontrar nos seus quadros. Michele Pirro já tinha sido confirmado como “wild card” para Misano, mas tendo em conta esta situação com os pilotos de fábrica, poderá deixar de ser “wild card” e assumir mesmo a função de piloto substituto.
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