O primeiro dia no circuito de Losail foi de condições mistas. Os pilotos de MotoGP tiveram pela frente uma chuva que apareceu de forma antecipada em relação às previsões, e por isso, e ao contrário do Treino Livre 1, acabaram por enfrentar uma segunda sessão em pista com piso molhado que não permitiu melhorar os tempos. Tal como os restantes pilotos, também Miguel Oliveira (Trackhouse Racing) saiu para a pista com piso molhado, tendo sido o 20º nessas condições, mas fechando o primeiro dia de Grande Prémio do Qatar com o 12º registo.
Esse 12º tempo foi o resultado do TL1, e deixou o piloto português da equipa Trackhouse Racing perto de entrar no lote dos dez mais rápidos em pista.
Uma situação que deixa boas perspetivas tendo em conta o Treino que será disputado na manhã de sábado em Losail, e que vai definir os pilotos que passam diretamente à Qualificação 2 de MotoGP neste GP do Qatar.
No final de um primeiro dia que serviu para acabar com a normal ansiedade que os pilotos sentem no arranque de uma nova temporada, Miguel Oliveira falou com a imprensa, reagindo ao que hoje se viu em pista.
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Miguel Oliveira começou por referir precisamente que “Hoje foi o primeiro dia e o início da temporada. Penso que toda a gente estava um pouco nervosa e ficaram aliviados por despachar o primeiro treino. Foi um dia misto porque tivemos uma sessão a seco e uma em molhado. A sessão molhada não correu assim tão bem, mas em seco, na verdade eu senti-me bem e com alguma margem para melhorar. Por isso espero que amanhã seja possível fazer isso”, fazendo uma primeira análise mais geral ao que aconteceu no primeiro dia do GP do Qatar.
Outro ponto em destaque neste dia do piloto português foi o facto de, apesar de pilotar a nova Aprilia RS-GP24, Miguel Oliveira continuar a preferir rodar com a secção traseira anterior.
Embora à primeira vista seja possível imaginar que isso tem a ver exclusivamente com uma questão de aerodinâmica, na verdade a nova traseira de 2024 usada por Aleix Espargaró (Aprilia Racing) parece estar a afetar outros detalhes no comportamento da moto de Miguel Oliveira.
Nomeadamente na forma como se posiciona na moto e como isso, em combinação com a nova traseira, afeta negativamente a RS-GP24 #88.
Para contrariar esse “feeling”, Miguel Oliveira saiu para a pista com a traseira mais antiga, e explicou em maior detalhe, em conversa com a imprensa, o porquê de o fazer, mas adianta que nem sempre vai usar esta traseira e eventualmente poderá passar para a nova versão:
“Durante o teste (no Qatar) tentámos fazer algumas comparações, mas parece que o novo assento, provavelmente só por causa das alturas (dos pilotos) e posicionamentos corporais diferentes, está a afetar-nos mais a nós do que ao Aleix, pela sua altura e como se posiciona na moto. De qualquer forma, a diferença não é assim tão grande, mas preferimos continuar a utilizar uma coisa que já conhecíamos. Penso que quando estivermos mais centrados com tudo, iremos experimentar”, referiu-se sobre o tema da traseira da sua moto.
Porém, e para além da traseira, Miguel Oliveira terá encontrado novidades ao nível da afinação da sua Aprilia RS-GP24.
Isso mesmo é confirmado pelo piloto português, que explicou aquilo que procura na moto italiana para subir o patamar de performance:
“Existiram mudanças na geometria. Basicamente para tentar ter a moto um pouco mais calma nas trocas de direção, para aproveitar a boa velocidade de passagem em curva que esta moto permite ter. Mas é preciso uma moto muito estável. E precisa também de se levantar. Por isso procurámos encontrar esse compromisso. Hoje no treino em seco, provavelmente encontrámos outro pequeno passo que poderemos dar nessa direção, e por isso estava mesmo entusiasmado com o treino noturno. Veremos amanhã”, concluiu o piloto da Trackhouse Racing.
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