Um primeiro dia complicado a que se seguiu um segundo dia em que finalmente ‘quebrou o enguiço’ em 2024 e passou à Qualificação 2, tendo mais tarde sido 11º na Sprint, deixavam antever que a corrida principal do Grande Prémio de França de MotoGP terminasse de forma positiva e a pontuar para Miguel Oliveira.
E as primeiras voltas da corrida de 27 voltas que hoje se disputou no circuito de Le Mans pareciam confirmar as expectativas.
O português da Trackhouse Racing, mesmo não tendo ganho posições em relação à sua posição na grelha de partida para o Grande Prémio de França, 12º, conseguiu manter-se muito perto dos pilotos mais rápidos e seguiu a progressão de Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha).
Aos poucos vimos Miguel Oliveira ascender na classificação, entrar no ‘Top 10’, para depois conseguir chegar a rodar em 8º.
Nesse momento já se sonhava com o #88 a conseguir fechar a corrida deste domingo em Le Mans acima do 8º lugar que é, para já, o seu melhor resultado nesta temporada 2024.
Infelizmente para as aspirações do Miguel Oliveira, a corrida do português não durou mais além de pouco mais de metade da distância total, com o piloto a trazer a sua Aprilia RS-GP24 até à box da Trackhouse Racing onde viria a desistir e assim a não conseguir consolidar com pontos os resultados que tem vindo a obter e as melhores sensações que tem com a moto italiana.
Se no momento da desistência não foi possível perceber o que tinha acontecido, mais tarde a Trackhouse Racing explicou que a moto sofreu de um problema técnico ao nível do sistema de escape.
Também o piloto português fez questão de explicar o que aconteceu. Em declarações após o final do Grande Prémio de França, Miguel Oliveira já reagiu a este resultado inglório numa corrida onde estava na luta por posições que lhe podiam dar muitos pontos:
“A corrida foi bastante boa, eu estava com um ritmo decente, mas pouco depois do início da corrida sofri um problema técnico com o escape. Depois continuei por mais dez voltas com este problema, até ao ponto em que causou uma notória limitação de performance em termos de como a eletrónica estava a gerir o travão-motor, entrega de binário, etc. Por isso tive de retirar a moto para evitar mais danos. Naquele momento não sabia o que era, não tinha a certeza, mas pela diferença no som da moto eu percebi que era qualquer coisa relacionada com o escape. A equipa ainda está a investigar e em conjunto vamos ver o que podemos fazer para evitar isto no futuro”.
A verdade é que este ‘azar’ mecânico impediu Miguel Oliveira de fechar a sua participação na quinta ronda da temporada da melhor forma, em pista, cruzando a meta, e somando importantes pontos para a sua contabilidade pessoal na classificação de pilotos.
O português sai de França com zero pontos somados, e vai agora enfrentar o Grande Prémio da Catalunha (24 a 26 de maio) ocupando a 14ª posição na classificação de pilotos.
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