MotoGP 2024 – A reação de Miguel Oliveira ao Grande Prémio de São Marino

Miguel Oliveira somou 5 pontos correspondentes ao 11º lugar na corrida do GP de São Marino. Aqui ficam as declarações do piloto português.

miguel oliveira

Foi um fim de semana no Misano World Circuit Marco Simoncelli bastante complicado para Miguel Oliveira. O piloto português da Trackhouse Racing conseguiu somar pontos na corrida principal do Grande Prémio de São Marino de MotoGP, mas não esconde a insatisfação pela falta de performance aos comandos da sua Aprilia RS-GP24.

Numa corrida que se tornou num caos, em virtude do aparecimento da chuva logo após o arranque da corrida de 27 voltas, Miguel Oliveira acabou por revelar o discernimento para optar pela opção que viria a ser a mais acertada.

Tendo optado pelo pneu traseiro de composto médio, o #88 da equipa americana sofreu mais do que o esperado devido às condições climatéricas que reduziram a aderência disponível no asfalto de Misano, aderência que foi sempre muito elevada nos dias anteriores, também devido à temperatura elevada.

Com o aparecimento da chuva, e para além do piso ficar mais escorregadio já por si, a redução na temperatura do asfalto criou dificuldades acrescidas para Miguel Oliveira, que teve então de acreditar que, eventualmente, o seu pneu traseiro viria a funcionar ao longo da corrida de MotoGP.

miguel oliveira

Mantendo-se em pista com pneus slick, Miguel Oliveira evitou o erro cometido por diversos pilotos. Aguentou-se em pista mesmo no momento mais complicado e dramático da ronda italiana, e esse esforço foi recompensado com um 11º lugar na passagem pela bandeira de xadrez, e mais 5 pontos adicionados à sua conta pessoal no campeonato.

Com tudo isto, e já depois da corrida terminar, o piloto português já reagiu ao que aconteceu no Grande Prémio de São Marino.

De acordo com as explicações de Miguel Oliveira, “Nunca pensei em trocar de moto durante a corrida. Queria esperar pelo menos mais uma ou duas voltas por causa do tempo que se perde a ir à box, especialmente porque o pit lane é super longo. Pensei que tinha de ter a certeza de que estava a chover a sério e realmente a molhar a pista. Estava tanto calor que eu queria ter a certeza de que, se mudasse, não me iria arrepender. Não tinha um bom feeling, especialmente começando com o pneu traseiro médio, pois não podia atacar e não podia ultrapassar com estas condições tão traiçoeiras. Mas pensei comigo mesmo que a corrida é longa e eventualmente os pneus iam começar a funcionar. Depois começou a chover e complicou ainda mais as coisas. Estava muito traiçoeiro, muito fácil de cair, mas consegui manter-me direito e também andei super devagar, por isso eu cair era muito improvável. Fiquei numa ilha, entre dois grupos, com oito ou dez segundos para a frente e cinco segundos para as motos atrás. Estava a ganhar uma boa margem para o Zarco atrás de mim, por isso pensei em garantir que mantinha a posição e tentar acabar”.

Miguel Oliveira terá agora a oportunidade de testar diversas soluções e afinações no teste de MotoGP que vai acontecer já esta segunda-feira em Misano.

A Trackhouse Racing já confirmou que vão experimentar coisas diferentes, até porque, dentro de duas semanas, teremos uma segunda ronda neste mesmo circuito nesta temporada 2024, pois o Grande Prémio da Emilia Romana substitui o Grande Prémio da Índia que foi cancelado este ano.

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