MotoGP 2024 – A reação de Miguel Oliveira ao teste em Barcelona com a Yamaha

Miguel Oliveira conseguiu estrear-se com a M1 da Prima Pramac Yamaha Factory Team. Aqui fica a reação do português ao teste em Barcelona.

Apenas um dia de descanso separou o último Grande Prémio da temporada 2024 de MotoGP, daquele que podemos considerar como primeiro teste de pré-temporada de 2025. No circuito Barcelona-Catalunha tivemos em ação Miguel Oliveira, que fez a sua estreia com a YZR-M1 preparada pela Prima Pramac Yamaha Factory Racing.

O piloto português fechou o seu primeiro dia aos comandos da Yamaha M1 com o 17º tempo, a cerca de 1,3 segundos do mais rápido em pista, Alex Márquez (Gresini Racing). Algo que não o parece preocupar de sobremaneira.

Até porque o próprio admitiu, em declarações à Sport TV no final do teste de Barcelona, que o seu tempo final seria muito melhor do que aquele que na realidade apresenta a tabela de tempos.

Sobre a estreia aos comandos da Yamaha M1 da Pramac, Miguel Oliveira referiu à Sport TV que “Foi um dia espetacular. Tinha muita curiosidade de experimentar esta moto, de conhecer a equipa. Fiquei muito agradado com aquilo que senti em cima da moto. É verdade que há certas áreas que necessitam de uma intervenção grande e fundamental, mas toda a gente na fábrica está já a trabalhar nesse caminho. O bom, assim muito rapidamente, é que os comentários, tanto os meus como os do Jack (Miller), são muito semelhantes e por isso a direção para o futuro parece que é bastante clara no que há a melhorar na moto. Vinha a fazer volta rápida no único time attack que tive, e no terceiro setor apanhei bandeira vermelha. Por isso o tempo por volta ia ser bastante mais simpático do que aquilo que foi”.

miguel oliveira
Foto @ Gold & Goose / Red Bull

Aproveitando o ambiente de certa forma ‘descontraído’, pois este teste de final de ano não é, de todo, fulcral para se perceber o que poderá vir a ser a parceria entre o português e a moto japonesa, Miguel Oliveira concedeu algumas declarações à imprensa onde faz uma análise mais detalhada.

De um ponto de vista mais técnico, o piloto português conseguiu obter as sensações que lhe permitem efetuar não só a avaliação à Yamaha YZR-M1, como também o diagnóstico do que precisa ser melhorado no protótipo japonês.

Miguel Oliveira identificou claramente duas áreas em que os engenheiros da Yamaha Racing necessitam de trabalhar durante o inverno, mas realça que a moto de Iwata tem também os seus pontos positivos que merecem ser destacados já desde o primeiro contacto no teste de Barcelona:

“É algo completamente diferente em relação ao que eu estava habituado. Esta moto é extremamente diferente, especialmente na travagem, mas ao mesmo tempo tenho de dizer que é muito amigável para o piloto. A moto é fácil de pilotar, dá um bom feedback e sabemos sempre onde é que as rodas estão. Foi um bom dia para trabalhar no setup. A Yamaha enviou muitos engenheiros para nos ajudarem na box e tornar a mudança o mais suave possível.

A moto mais confortável não é a mais rápida. É por isso que não estamos à procura de uma moto particularmente amigável.  Apenas tem de ser rápida. Precisamos de melhorar particularmente na travagem e precisamos de mais estabilidade. Pela primeira vez vamos ver todos a receberem material idêntico. Se queremos apanhar os nossos competidores, esse é o caminho a seguir. Estou pronto para fazer voltas e experimentar coisas para a Yamaha. Eu sei o que esperar. É um prazer”.

Foto @ Gold & Goose / Red Bull

Um começo de um novo desafio na sua carreira e que o piloto destaca como sendo positivo, até porque, diz, conseguiu de imediato uma boa ligação com o seu chefe de equipa e também o responsável pela telemetria do seu lado da box na Prima Pramac Yamaha Factory Team.

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