Com mais duas peças do puzzle do mercado de pilotos de MotoGP encaixadas, e aqui referimo-nos às contratações de Jorge Martin pela Aprilia Racing e de Marc Márquez pela Ducati Lenovo Team, a denominada “silly season” da categoria rainha também se vai animando com a possibilidade de a Prima Pramac vir a trocar de motos.
A Yamaha procura, a todo o custo, e isso inclui a oferta de diversas condições técnicas e, principalmente, financeiras, garantir que volta a ter uma equipa satélite em MotoGP. Lin Jarvis, o ainda diretor do projeto desportivo da marca de Iwata, tinha apontado o Grande Prémio de Itália como data limite para ter essa equipa satélite definida.
Porém, e precisamente durante o Grande Prémio de Itália, Gino Borsoi, diretor de equipa da Prima Pramac, equipa altamente ligada à missão de passar a ser equipa satélite da Yamaha a partir de 2025, reafirmou que a estrutura liderada por Paolo Campinoti vai permanecer em pista com as Ducati Desmosedici GP oficiais!
Em Mugello ficou claro, pelo menos da parte deste responsável da equipa italiana, que continuaremos a ter a Prima Pramac a usar em pista a partir de 2025 as Desmosedici GP com especificações iguais às motos da equipa de fábrica Ducati Lenovo Team.
Porém, o diretor desportivo da Ducati Corse, Mauro Grassilli, prefere optar por fazer comentários mais comedidos no que diz respeito a esta situação.
“Temos trabalhado desde o início da temporada para ter a Pramac nos próximos dois anos. Claro que estamos muito satisfeitos com o que o Gino (Borsoi) disse. Mas não temos ainda qualquer confirmação escrita. Estamos muito esperançados em ter (a confirmação) o mais rápido possível”, referiu Grassilli ainda em Mugello.
De acordo com as informações que circulam no paddock de MotoGP, a Prima Pramac, cujo contrato com a Ducati Corse termina no fim da atual temporada, tem uma cláusula que permitirá à equipa italiana prolongar automaticamente a ligação ao fabricante de Borgo Panigale por mais dois anos.
Existirá, se acreditarmos nos rumores, uma data limite para que essa cláusula seja ativada: 31 de julho.
Tudo indica, até pelas palavras de Gino Borsoi como depois a reação de Mauro Grassilli, que a Prima Pramac vai mesmo continuar a competir com as Ducati oficiais em 2025 e 2026. Sabemos que não terá nem Jorge Martin, nem até Marc Márquez, piloto que esteve nos planos da equipa e da Ducati para passar para a Prima Pramac, e por isso Paolo Campinoti vai ter de procurar no mercado de pilotos de MotoGP um novo piloto de destaque.
A procura por um piloto que até poderá passar a dois pilotos, pois na verdade Franco Morbidelli também não tem o seu futuro garantido na equipa.
Tendo em conta que a Ducati Corse já garantiu antecipadamente a contratação e subida ao MotoGP em 2025 do espanhol Fermin Aldeguer, muitos apontam para que o piloto que atualmente compete em Moto2 possa vir a juntar-se à Prima Pramac.
Outro piloto que tem vindo a ser associado à equipa é Miguel Oliveira.
O piloto português já veio a público comentar essa hipótese que foi levantada nos dias anteriores ao GP de Itália, e referiu, em declarações à Sport TV, que “Os rumores saem de coisas que não são verdade e depois as coisas criam-se a partir do nada. No fundo, é isso. Portanto, só posso dizer que são rumores como de certeza que agora durante estas três semanas se vão ouvir também muitos rumores criados a partir do nada ou a partir de palavras e declarações distorcidas que alguém possa fazer”.
Veremos se a equipa Prima Pramac decide mesmo ativar a cláusula e continuar a usar as motos da Ducati, ou se cede à tentação da oferta da Yamaha e assim passará a ser a equipa satélite do fabricante japonês, o que colocaria em pista mais duas YZR-M1.
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