Estamos a menos de 24 horas do início das primeiras sessões de treinos a contar para o Grande Prémio do Qatar de MotoGP, ronda que assinala o arranque da temporada 2024 do Mundial de Velocidade. Entre os 22 pilotos da categoria rainha estará Miguel Oliveira, piloto da nova equipa Trackhouse Racing, que já se encontra no circuito de Losail e falou com a imprensa.
O piloto português tem pela frente uma nova missão: liderar a Trackhouse Racing aos lugares cimeiros de MotoGP!
Miguel Oliveira sabe que essa missão não se adivinha fácil. Não apenas porque o nível competitivo em MotoGP está muito elevado, com muitos pilotos a estarem muito próximos entre si em termos de tempos por volta e performance geral, mas também porque estará aos comandos de uma nova moto, a Aprilia RS-GP24.
A moto italiana que o nosso #88 irá pilotar esta temporada implica dar um “salto” de duas gerações em relação à moto que teve à sua disposição na temporada passada. E isso requer habituação, e principalmente obriga que Miguel Oliveira e a sua equipa de mecânicos da Trackhouse Racing encontrem o melhor compromisso em termos de afinações.
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Começando por falar precisamente sobre a sua nova moto e o que vimos nos testes de pré-temporada em Sepang e Qatar, Miguel Oliveira refere que “Ajustei algo em termos de configuração, mas fiz exatamente o mesmo na pilotagem. Para mim é algo altamente frustrante porque sabia que estava a pilotar bem (nos testes), mas fisicamente a moto não estava lá e finalmente eles (equipa) conseguiram encontrar algo positivo para mim. Honestamente ao olhar para os tempos por volta sentimos que estamos lá. Em termos de ritmo ainda nos falta um pouco para ser competitivos, até comparando com o Aleix, mas creio que isso dependerá da pista, das condições, pneus, as coisas habituais, mas creio que temos um pacote muito competitivo”.
Mas a mudança da Aprilia RS-GP22 para a RS-GP24 que tem agora na Trackhouse Racing obriga a mudanças ao nível da forma como tem de pilotar?
De acordo com Miguel Oliveira, “A moto é diferente, mas não tive de fazer nenhum trabalho específico para mudar o meu estilo de pilotar face ao que tinha com a moto de 2022. Aliás, tive de mudar a forma de pilotar entre a moto que tinha em 2022 (KTM RC16) e a de 2023 (Aprilia RS-GP), mas entre estas duas Aprilia a forma de pilotar é bastante semelhante”.
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Mas se em termos de pilotagem pouco tem de mudar, ou mesmo nada, o mesmo não se poderá dizer do setup ou afinações da nova moto.
O piloto português assume que “Basicamente construíram (a Aprilia) uma moto com o foco para ter mais força descendente, e claro que tens de ajustar, sobretudo a altura e como a suspensão dianteira vai funcionar com isso, e estava a sentir muitas dificuldades nas curvas rápidas para ter esse feedback, para ter a moto verdadeira estável para entrar nas curvas, e perdi bastante tempo aí”, diz Miguel Oliveira recordando o que se passou nos testes, dando a entender que no final do teste do Qatar finalmente entenderam o que era preciso ao nível da afinação da Aprilia RS-GP24, e que isso lhe dá esperança de poder estar a um nível bastante competitivo no Grande Prémio do Qatar.
Outo fator muito importante, e com potencial para afetar positivamente os resultados em pista, embora seja uma “peça” que está nas boxes, é a chegada do experiente Davide Brivio, que assume as rédeas desportivas da Trackhouse Racing.
O italiano vai também estrear-se aos comandos da equipa americana no GP do Qatar este próximo fim de semana, e a chegada de Brivio, campeão de MotoGP com a Yamaha e a Suzuki, não deixa Miguel Oliveira indiferente:
“Ele esteve (com a equipa) pela primeira vez no teste. Tem seguido os problemas de fundo digamos assim, da equipa, para tentar resolver todas as coisas que não estejam ainda a 100%. No plano desportivo temos de começar o fim de semana para ver como poderemos otimizar cada recurso que temos na equipa”.
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