Estamos perto do arranque da terceira ronda da temporada 2024 de MotoGP, com o Grande Prémio das Américas a concentrar as atenções dos fãs da categoria rainha no próximo fim de semana – clique aqui para ver os horários completos . E nestes dias que antecedem o evento americano, um dos temas mais “quentes” do paddock mundial é a possibilidade da Ducati Corse ver a Yamaha Racing conseguir convencer a Pramac Racing ou a VR46 a mudarem de motos.
Com a Prima Pramac de Paolo Campinoti a manter em completo secretismo eventuais negociações que estejam a decorrer com a Ducati Corse ou com a Yamaha Racing (ou com ambas), as mais recentes informações apontam para a possibilidade da equipa de Valentino Rossi, a VR46, passar a competir em MotoGP como equipa satélite da marca japonesa.
Com a hipótese da Yamaha Racing conseguir convencer qualquer uma das equipas satélite da Ducati de que a YZR-M1 será uma moto competitiva no futuro próximo seja reduzida, o que seria “meio caminho andado” para se chegar a um eventual acordo, a VR46 deixou escapar ao portal CrashNet que existe uma cláusula de renovação automática que poderá ser ativada pela equipa para prolongar a ligação à Ducati.
O mais natural é que essa renovação automática venha a ser ativada, e os pilotos da VR46, que atualmente são Marco Bezzecchi e Fabio di Giannantonio, vão continuar aos comandos da Desmosedici GP.
Porém, o facto da Ducati Corse dar uma clara preferência em termos de material à Pramac Racing, nomeadamente fornecendo a moto com a especificação mais recente e de fábrica à equipa de Campinoti, não parece estar a ser do agrado da estrutura que gere a VR46. E um exemplo disso é o facto de a equipa ter realçado ao já referido portal CrashNet que existem negociações com a marca italiana, e que mesmo estando felizes, tudo pode acontecer.
Está por isso em aberto a possibilidade da VR46 de Valentino Rossi mudar-se para a Yamaha. E o antigo piloto italiano e proprietário da equipa é embaixador da Yamaha, pelo que até faria sentido essa mudança.
Nesta equação tão importante não se pode descartar a Pramac Racing.
É sabido que a Yamaha quer voltar a ter uma equipa satélite e estará disposta a fazer um esforço adicional (diz-se que em termos financeiros para compensar a menor performance da M1) para reforçar o seu projeto em MotoGP.
A Pramac Racing pode ver a sua primazia no fornecimento de motos mais recentes da Ducati ameaçada devido à aproximação da VR46 no sentido de garantir uma das duas Desmosedici GP mais recentes, que estão ao dispor da equipa de Paolo Campinoti.
Essa situação, combinada com a vontade da Yamaha, poderia levar a uma alteração profunda na relação de forças em MotoGP, com a Ducati a perder duas motos na grelha de partida e a Yamaha a ganhar duas.
Talvez por isso, e de forma que até poderemos considerar algo surpreendente tendo em conta os bons resultados obtidos nas últimas temporadas, ainda não tenha sido anunciada uma renovação da ligação da Pramac Racing à Ducati.
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