A temporada 2024 de MotoGP tem vindo a ser anunciada como a maior de sempre. E, de facto, o calendário inicialmente previsto e anunciado pela Dorna Sports e pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM), deixava antever que este ano teríamos um total de 44 corridas (Sprint e corrida principal) que seriam divididas por 22 Grandes Prémios.
Porém, e quando estamos a dias do arranque do primeiro teste oficial de MotoGP da temporada 2024, o calendário sofre o primeiro golpe: o Grande Prémio da Argentina foi cancelado!
Apesar da confirmação do cancelamento da ronda Argentina de MotoGP apenas ter sido divulgada esta quarta-feira, já existiam indícios nos dias anteriores de que algo estaria para acontecer. Nomeadamente com o cancelamento da venda de bilhetes para o fim de semana no circuito Termas de Rio Hondo.
O Grande Prémio da Argentina da categoria rainha estava previsto realizar-se de 5 a 7 de abril, mas devido a questões de logística, associadas aos cortes de financiamento do governo argentino do novo presidente Javier Milei, obrigaram o promotor do evento a “rasgar” o acordo que tinha assinado com a Dorna Sports.
No comunicado oficial divulgado há poucos minutos, a Dorna Sports refere que “Devido às circunstâncias atuais na Argentina, o Promotor do evento comunicou que não é possível atualmente garantir os serviços necessários para que o Grande Prémio de 2024 se realize de acordo com os padrões de MotoGP”.
Para além disto, e sendo que existiria ainda a possibilidade de substituir o Grande Prémio da Argentina por um outro GP de forma a garantir que o calendário de 2024 se mantinha com as 22 rondas previstas, ficámos também a saber através do comunicado de hoje que o GP da Argentina não terá substituto este ano.
Desta forma o calendário de MotoGP passa de 22 para 21 Grandes Prémios.
De acordo com a Dorna Sports, existe a firme vontade de regressar ao circuito Termas de Rio Hondo em 2025. Porém, a situação económica e social da Argentina, aliada ao facto de que muitos países pretendem entrar no calendário do Mundial de Velocidade, podem ditar o afastamento definitivo da Argentina das provas de MotoGP.
Aliás, neste momento esta é a única prova da categoria rainha a disputar na América do Sul. Talvez em breve o Brasil, a acreditar nas palavras de Jorge Viegas, presidente da FIM, venha a conseguir colocar a América do Sul no “mapa” do MotoGP.
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