Testes de pré-temporada feitos, novas decorações apresentadas, e a temporada 2024 de MotoGP está prestes a arrancar com a realização do Grande Prémio do Qatar. O “desértico” circuito de Losail, que cada vez mais está próximo dos arranha-céus da cidade de Doha, será o cenário para a primeira das 21 rondas do calendário de MotoGP.
De 8 a 10 de março o paddock de MotoGP, Moto2 e Moto3 ocupará o seu espaço no traçado de Losail, preparando-se para um fim de semana onde a temperatura vai aumentar e onde teremos em ação os melhores pilotos do mundo na disciplina de velocidade.
Nesta que será a primeira prova da temporada, daremos início, pelo menos de forma mais oficial, à celebração dos 75 anos de MotoGP ou do Mundial de Velocidade. O campeonato que nasceu em 1949, então com seis provas espalhadas pela europa, cresceu em todas as dimensões e esta temporada vamos ter nada menos do que 21 Grandes Prémios (seriam 22 caso se realizasse o GP da Argentina, entretanto cancelado).
Isto significa que todos os 22 pilotos de MotoGP terão um máximo de 777 pontos para somar, pontuação máxima dividida entre as corridas Sprint e as corridas de Grande Prémio.
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Na categoria rainha, temos, claro, de destacar a presença de Miguel Oliveira. O piloto português está presente novamente entre os melhores do mundo, e agora vai competir pela equipa Trackhouse Racing, um projeto americano que permitirá a Miguel Oliveira usufruir de uma Aprilia RS-GP24, uma moto igual à usada pelos pilotos de fábrica da Aprilia.
Neste que será o sexto ano a competir a tempo inteiro na categoria rainha MotoGP, Miguel Oliveira espera voltar a estar de forma mais constante entre os pilotos mais velozes em pista.
Embora os resultados dos testes de pré-temporada em Sepang e Losail não tenham sido os mais positivos, o piloto português da Trackhouse Racing acredita que a sua ligação à nova moto italiana vai crescer e que veremos o #88 a obter resultados de destaque esta temporada 2024.
Mas terá pela frente uma missão bem complicada, e nos testes de pré-temporada já foi possível ver alguns dos favoritos ao título de MotoGP em 2024 a ‘chegarem-se à frente’.
O principal favorito é Francesco Bagnaia. Bicampeão do mundo em título, o piloto da Ducati Lenovo Team destacou-se nos dois testes já realizados ao ser o piloto mais veloz em pista, e, principalmente, destroçando os recordes dos circuitos de Sepang e Losail. ‘Pecco’ está num excelente momento de forma, e parece que vai poder contar com a nova Ducati Desmosedici GP24 para se manter no topo.
Os rivais estarão certamente atentos a qualquer oportunidade para retirar o título a Bagnaia. E mesmo na box do campeão está um dos candidatos: Enea Bastianini.
Bastianini, Jorge Martin (Prima Pramac Ducati), Marc Márquez (Gresini Racing) ou Marco Bezzecchi (Pertamina Enduro VR46) são apenas alguns dos pilotos Ducati que facilmente podemos apontar como candidatos ao título.
Mas fora do universo Ducati em MotoGP encontramos um conjunto de pilotos que têm ambições de levantar o troféu no final da temporada.
Nomes como Brad Binder (Red Bull KTM Factory), os dois pilotos Aprilia Racing, Aleix Espargaró e Maverick Viñales, querem estar na discussão. Outro destaque, ou melhor, noutro patamar de destaque encontramos o “rookie” Pedro Acosta (Red Bull GasGas Tech3).
O campeão de Moto2 prepara-se para a quarta temporada no Mundial de Velocidade, já conta com dois títulos no currículo, e embora seja um novato, as primeiras impressões em MotoGP deixam o jovem talento espanhol “alinhavado” para grandes resultados.
As incógnitas antes do início do campeonato no Grande Prémio do Qatar são os pilotos Honda e Yamaha, dois fabricantes que este ano estão a beneficiar de novos regulamentos de Concessões.
A Repsol Honda de Joan Mir e Luca Marini parece estar a dar os passos corretos rumo à recuperação da sua competitividade, tal como a Monster Energy Yamaha, equipa que este ano junta os pilotos Fabio Quartararo e também Alex Rins.
Moto2
Na categoria intermédia, a grande questão que se coloca antes do recomeço das corridas de Moto2 é saber se Fermin Aldeguer (Sync SpeedUp) conseguirá manter a forma vitoriosa que revelou no final da temporada passada.
Os testes de pré-temporada deixam Aldeguer como o principal favorito nesta nova era do campeonato – recordamos que as Moto2 passam a usar pneus Pirelli em vez da Dunlop –, e inclusivamente há rumores que apontam para que o piloto já terá assinado pela Ducati em MotoGP para 2025.
Porém, pilotos como Tony Arbolino (Elf MarcVDS), Aron Canet (Fantic Racing), Celestino Vietti (Red Bull KTM Ajo), Joe Roberts (OnyFans American Racing), Manuel Gonzalez (QJ Motor Gresini), Jake Dixon (CFMoto Aspar) ou Alonso Lopez (Sync SpeedUp) podem estragar a “festa” de Fermin Aldeguer.
Entres os estreantes em Moto2 destacamos o campeão de Moto3 em 2023, o espanhol Jaume Masia (Pertamina Mandalika Gas Up), o vice-campeão de Moto3 no ano passado Ayumo Sasaki (Yamaha VR46 Master Camp), Mario Aji (Idemitsu Honda Team Asia), Xavi Artigas (Klint Forward Factory), Diogo Moreira (Italtrans Racing), ou ainda o campeão europeu de Moto2 em título, Senna Agius (Liqui Moly Husqvarna Intact GP).
Moto3
Se é verdade que os principais pilotos da categoria mais “pequena” do mundial passaram para Moto2, também não deixa de ser verdade que este ano voltaremos a ter em Moto3 nada menos do que seis dos pilotos que ficaram no “Top 10” no ano passado. E isso deixa tudo em aberto no que diz respeito a pilotos com capacidade para disputar o título.
David Alonso (CFMoto Aspar Team), Jose Antonio Rueda (Red Bull KTM Ajo), que até foi o mais veloz nos testes, Daniel Holgado (Red Bull GasGas Tech3), Ivan Ortola (MT Helmets – MSI) ou Collin Veijer (Liqui Moly Husqvarna Intact GP) são os nomes apontados como favoritos à conquista do título Moto3.
Num segundo plano temos pilotos como David Muñoz (BOE Motorsports) e o seu novo companheiro de equipa Joel Kelso, e Taiyo Furusato (Honda Team Asia), para além de veteranos como é o caso de Tatsuki Suzuki, agora a competir em Moto2 a defender as coes da Liqui Moly Husqvarna Intact GP.
Entre os estreantes nesta categoria destacamos os seguintes pilotos: o vencedor do troféu Red Bull Rookies Cup de 2023, Angel Piqueras (Leopard Racing), mas que, devido a uma lesão durante os treinos de pré-temporada está a aguardar o OK dos médicos e não estará ainda a 100%, enquanto Xabi Zurutuza (Red Bull KTM Ajo) terá de aguardar para atingir a idade mínima.
Tatchakorn Buasri (Honda Team Asia), Luca Lunetta (SIC58 Squadra Corse), Jacob Roulstone (Red Bull GasGas Tech3), Noah Dettwiler (CIP Green Power) e Joel Esteban (CFMoto Aspar Team) são mais alguns dos nomes de “rookies” a ter em atenção.
E para que não deixe passar nada do que acontece no próximo fim de semana, deixamos de seguida os horários completos do Grande Prémio do Qatar.
Horários do Grande Prémio do Qatar 2024 de MotoGP
Sexta-feira 8 de março
11H00 – 11H35 – Moto3 – Treino Livre
11H50 – 12H30 – Moto2 – Treino Livre
12H45 – 13H30 – MotoGP – Treino Livre 1
15H15 – 15H50 – Moto3 – Treino 1
16H05 – 16H45 – Moto2 – Treino 1
17H00 – 18H00 – MotoGP – Treino Livre 2
Sábado 9 de março
9H10 – 9h40 – Moto3 – Treino 2
9h55 – 10H25 – Moto2 – Treino 2
10H40 – 11H25 – MotoGP – Treino
11H40 – 11H55 – MotoGP – Qualificação 1
12H05 – 12H20 – MotoGP – Qualificação 2
13H50 – 14H05 – Moto3 – Qualificação 1
14H15 – 14H30 – Moto3 – Qualificação 2
14H45 – 15H00 – Moto2 – Qualificação 1
15H10 – 15H25 – Moto2 – Qualificação 2
16H00 – MotoGP – corrida Sprint (11 voltas)
Domingo 10 de março
12H40 – 12H50 – MotoGP – Warm Up
14H00 – Moto3 – Corrida (16 voltas)
15H15 – Moto2 – Corrida (18 voltas)
17H00 – MotoGP – Corrida (22 voltas)
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