Conforme se antecipava há já alguns dias, foi hoje, em pleno primeiro dia do Grande Prémio dos Países Baixos, anunciado oficialmente o mais recente ‘casamento’ que promete alterar de forma significativa o equilíbrio de forças em MotoGP: a Pramac Racing será a equipa satélite da Yamaha a partir de 2025!
No comunicado oficial hoje divulgado após o Treino de MotoGP no circuito de Assen, a Yamaha não anuncia formalmente qual será a duração do acordo de parceria com a equipa de Paolo Campinoti.
Porém, a própria Pramac Racing, precisamente por intermédio do seu CEO, tinha já anunciado que o acordo com a Yamaha será válido por um total de 7 anos. O que significa que vão utilizar a YZR-M1 nas duas temporadas em que os protótipos de MotoGP estarão a usar os atuais motores de 1000 cc, e depois os novos protótipos com motores de 850 cc durante cinco temporadas a partir de 2027.
E o melhor de tudo do ponto de vista dos pilotos que eventualmente vão ser anunciados para integrar a Pramac Racing, até tendo em conta o que aconteceu ao longo dos anos com as equipas satélite da casa japonesa, no caso da equipa de Paolo Campinoti os seus pilotos terão à disposição as YZR-M1 com as mesmas especificações das motos usadas pelos pilotos da Monster Energy Yamaha.
Recordamos que anteriormente, e salvo a exceção do que aconteceu quando Valentino Rossi integrou a Petronas SRT, as equipas satélite da Yamaha em MotoGP não usaram os protótipos M1 com especificações de fábrica mais recentes.
No comunicado de imprensa hoje divulgado e que oficializa a ligação da Pramac Racing com a Yamaha, a marca japonesa faz questão de mostrar que este acordo é para ser levado bastante a sério!
Nesse sentido, a equipa Pramac Racing não será vista apenas como uma forma de colocar mais duas M1 em pista, mas sim como uma verdadeira extensão da equipa de fábrica a partir da temporada 2025. Isto significa que a equipa italiana será gerida de forma independente, mantendo a sua base de operações em Rugby, no Reino Unido.
Porém, e para além de disponibilizar as duas YZR-M1 de fábrica, a Yamaha Racing vai ainda ser responsável diretamente pelos contratos dos pilotos da Pramac Racing, o que significa que quaisquer que sejam os pilotos os contratos serão diretamente com o fabricante e não com a equipa, enquanto do ponto de vista estrutural a Yamaha vai colocar na box da Pramac Racing um conjunto vasto de engenheiros que ajudarão a equipa a trabalhar e evoluir as suas YZR-M1.
Em reação ao anúncio que finalmente oficializa este ‘casamento’ há muito aguardado, Lin Jarvis, diretor geral da Yamaha Motor Racing, refere que “Estes são tempos agitados para a Yamaha, tanto na pista como nos bastidores. A Yamaha Motor Company (YMC) e a Yamaha Motor Racing (YMR) não fizeram segredo de que estão a colocar todos os seus esforços no desenvolvimento da moto.
Entramos agora na próxima fase – pela qual ansiamos há muito tempo: a chegada de uma segunda equipa Yamaha.
A nova parceria com a Prima Pramac Racing assumirá uma forma diferente daquela que utilizámos no passado.
Em vez de uma equipa satélite, com este novo acordo a Yamaha depositou a sua confiança na Pramac Racing e iremos fornecer-lhes motos de fábrica com as mesmas especificações utilizadas pela Monster Energy Yamaha.
Os objetivos são acelerar o desenvolvimento da moto, que continua a ser a principal prioridade da YMC e da YMR na nossa procura para regressar às vitórias, bem como ter quatro pilotos competitivos no campeonato de MotoGP em duas equipas de primeira classe.
Além do programa de MotoGP, a nossa colaboração inclui um futuro projeto de Moto2 para fornecer uma plataforma para preparar futuros pilotos de MotoGP. É muito cedo para dar detalhes sobre este programa neste momento, uma vez que este será desenvolvido nos próximos meses.
Gostaria de estender o meu apreço e agradecimento pessoal a Paolo Campinoti, CEO da Pramac, e a Gino Borsoi, diretor desportivo da Prima Pramac Racing, pela sua fé e confiança na Yamaha. Temos o maior respeito pela sua equipa e garantimos o nosso total compromisso em tornar esta nova parceria um grande sucesso por muitos anos”.
Falta agora saber outro ponto importante deste acordo: quais serão os dois pilotos que vão integrar a Prima Pramac Racing a partir de 2025?
Em breve teremos mais confirmações que podem então desvendar o alcance global deste projeto reforçado da Yamaha em MotoGP, sendo que entre os pilotos que são apontados a um lugar nesta nova equipa Prima Pramac Yamaha encontramos o português Miguel Oliveira, que continua a manter em segredo qual é o seu futuro, como aqui lhe contamos em maior detalhe .
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