O programa do Grande Prémio do Qatar que marcou o arranque do campeonato nesta temporada 2024, terminou com a realização da corrida principal de MotoGP. Sob os holofotes do circuito de Losail a expectativa era muita depois da corrida Sprint de ontem. Os candidatos à vitória na categoria rainha eram muitos, e com 21 voltas para gerir, tudo podia acontecer.
Para as cores lusas, o foco de interesse estava em perceber até que ponto a corrida de Miguel Oliveira (Trackhouse Racing) seria afetada pela penalização de “long lap”, uma penalização que transitou do GP do Qatar do ano passado, cumprida este domingo.
Com a maioria dos pilotos a preferir usar pneus Michelin de composto médio (frente e atrás), e quando estávamos a poucos segundos dos semáforos se apagarem dando início ao Grande Prémio do Qatar, foi Raul Fernandez (Trackhouse Racing) a lançar a confusão na grelha de partida.
O piloto espanhol sofreu um problema técnico na sua Aprilia RS-GP23, a moto desligou em plena grelha de partida, o espanhol levantou o braço, e a Direção de Corrida não teve outra solução a não ser repetir todo o procedimento de arranque da corrida.
Raul Fernandez teve oportunidade de competir, usando a segunda moto à disposição. Arrancando de último na grelha de partida, Raul Fernandez viria a desistir desta corrida entrando na box já depois de ter sido passado por Miguel Oliveira.
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O piloto português, depois de um arranque que o deixou inicialmente em 14º, a sua posição na grelha de partida, desceu a 15º, e por aí ficou durante as primeiras voltas. A partir da segunda volta das 21 voltas (distância total reduzida devido ao atraso no arranque), Miguel Oliveira recebeu o aviso de que poderia cumprir a “long lap”.
Estrategicamente, o piloto da Trackhouse Racing demorou o seu tempo, aguardou ao limite para a cumprir, e quando o fez, à 5ª volta, desceu de 15º a 19º.
Os cerca de 3 segundos perdidos a cumprir a penalização não diminuíram a vontade de Miguel Oliveira em garantir os pontos neste primeiro Grande Prémio de 2024, e mesmo estando em situação complicada, vimos o #88 a gerir os pneus numa primeira fase da prova, para na segunda metade de corrida atacar, registando então os seus melhores tempos por volta, e conseguindo ascender na classificação.
Miguel Oliveira foi subindo, e a rodar significativamente mais rápido do que os rivais à sua frente, na penúltima volta consegue mesmo garantir o 15º lugar por troca com Alex Rins (Monster Energy Yamaha).
Uma pilotagem em recuperação, a superar as dificuldades já antecipadas por causa da penalização, mas a conseguir garantir o primeiro ponto nesta longa temporada de 2024 em MotoGP.
Um final de Grande Prémio do Qatar em tom mais positivo para Miguel Oliveira, até porque, ao contrário do que sucedeu na Sprint, acabou por conseguir ultrapassar vários pilotos com relativa facilidade, e que agora tem “cadastro” limpo e poderá no Grande Prémio de Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve, em frente aos seus fãs, concentrar-se inteiramente na afinação da sua Aprilia RS-GP24 da Trackhouse Racing, sem ter de pensar em mais penalizações como a que enfrentou hoje no circuito de Losail.
Aguardamos agora pelas declarações de Miguel Oliveira sobre a corrida do Grande Prémio do Qatar. Fique atento a www.motojornal.pt para saber o que diz o piloto português sobre este arranque de temporada.
Quando aos pilotos que discutiram a vitória, e depois de um grande arranque, Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team), deu uma resposta à campeão e reagiu da melhor forma à vitória de Jorge Martin (Prima Pramac Racing) na corrida Sprint disputada no sábado.
O bicampeão de MotoGP rapidamente ascendeu à liderança depois de um arranque perfeito, superando Brad Binder (Red Bull KTM Factory) e também o seu maior rival Martin.
Ainda nas primeiras curvas já o italiano da Ducati de fábrica estava na liderança, e a partir daí esse 1º lugar não mais mudou de mãos. A rodar no Qatar em modo “relógio suíço”, com tempos por volta muito consistentes, sem falhas de pilotagem, Bagnaia foi acumulando uma vantagem suficiente para se defender dos ataques dos perseguidores, e a partir do momento em que essa vantagem chegou a 1 segundo, Bagnaia passou a fazer uma melhor gestão dos seus pneus Michelin.
Foi uma vitória relativamente tranquila para Francesco Bagnaia, que agora sobe à liderança do campeonato de MotoGP.
Atrás do campeão e piloto da Ducati Lenovo Team as batalhas foram intensas e com muitas trocas de posição.
Brad Binder e Jorge Martin foram os pilotos mais ativos nesse aspeto, com os dois a trocarem de posição várias vezes, mas com o sul-africano da Red Bull KTM Factory a mostrar-se mais sólido nos momentos de atacar o piloto espanhol da Prima Pramac Racing. O ponto preferencial de ataque era na travagem para a curva 1 de Losail, e surpreendentemente, a KTM RC16 de Binder estava a revelar uma maior velocidade máxima na longa reta.
A discussão de travagens sucedia-se a cada volta, com isso quem beneficiava mais era Bagnaia, até que no início da 11ª volta Brad Binder conseguia mesmo passar definitivamente Jorge Martin, assumindo o 2º lugar e a partir daí, mesmo com ‘Martinator’ a tentar de tudo, o sul-africano não cedeu à pressão, e garantiu mais um excelente segundo lugar neste GP do Qatar.
Jorge Martin não conseguiu repetir a performance dominadora da Sprint, e acabou por passar por maiores dificuldades do que o antecipado, inclusivamente sendo pressionado por Marc Márquez (Gresini Racing), e com o “rookie” Pedro Acosta (Red Bull GasGas Tech3) a também tentar a sua sorte.
Com Martin a não ceder a estas pressões todas, foi o estreante Acosta e a sua GasGas RC16 a conseguir centrar em si as atenções.
O campeão de Moto2, a fazer a primeira corrida “longa” em MotoGP, acabou por levar longe demais o seu esforço. Numa fase inicial da corrida atacou forte, chegou mesmo a rodar em 4º e teve na sua mira Jorge Martin que então estava em 3º. Mas Pedro Acosta não fez uma boa gestão dos pneus Michelin na sua moto, e a partir de pouco mais de meio da corrida de 21 voltas o espanhol da GasGas começou a revelar problemas de pneus.
Um primeiro aviso (alargando a trajetória), deixou-o à mercê do ataque de Marc Márquez, com o oito vezes campeão do mundo a aproveitar de imediato para recuperar o 4º lugar, e a partir desse momento Pedro Acosta foi descendo na classificação de MotoGP. Ainda assim, o novato espanhol logrou terminar em 9º e somou mais alguns pontos para a sua conta pessoal.
O MotoGP regressa agora no fim de semana de 22 a 24 de março com a realização do Grande Prémio de Portugal. Se ainda não comprou os bilhetes para esta ronda portuguesa então veja aqui como pode garantir o seu lugar no Autódromo Internacional do Algarve e os preços dos bilhetes do Grande Prémio de Portugal.
Resultados da corrida do Grande Prémio do Qatar de MotoGP
1 – Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team)
2 – Brad Binder (Red Bull KTM Factory)
3 – Jorge Martin (Prima Pramac Racing)
4 – Marc Márquez (Gresini Racing)
5 – Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team)
6 – Alex Márquez (Gresini Racing)
7 – Fabio di Giannantonio (Pertamina Enduro VR46)
8 – Aleix Espargaró (Aprilia Racing)
9 – Pedro Acosta (Red Bull GasGas Tech3)
10 – Maverick Viñales (Aprilia Racing)
15 – Miguel Oliveira (Trackhouse Racing)
Classificação do campeonato após corrida do GP do Qatar
1 – Francesco Bagnaia – 31 pontos
2 – Brad Binder – 29 pontos
3 – Jorge Martin – 28 pontos
4 – Marc Márquez – 18 pontos
5 – Enea Bastianini – 15 pontos
6 – Aleix Espargaró – 15 pontos
7 – Alex Márquez – 13 pontos
8 – Fabio di Giannantonio – 9 pontos
9 – Pedro Acosta – 9 pontos
10 – Maverick Viñales – 7 pontos
15 – Miguel Oliveira – 1 ponto
Fique atento a www.motojornal.pt para estar sempre a par de todas as novidades de MotoGP, com especial destaque para as performances e resultados do piloto português Miguel Oliveira. A não perder!