Pese embora o desejo seja sempre terminar o mais à frente possível, e o melhor será vencer, a verdade é que Miguel Oliveira tem consciência de qual é a sua situação em comparação com os restantes pilotos de MotoGP. E no Grande Prémio da Tailândia o piloto da Prima Pramac Yamaha voltou a perceber o ponto em que se encontra.
Pese embora tenha referido durante a pré-temporada sentir-se confortável aos comandos da sua nova moto, Miguel Oliveira foi sempre destacando a falta de “feeling” que está a sofrer no que ao controlo da dianteira da sua M1 diz respeito.
As condições de temperatura mais extremas que se registaram ao longo do fim de semana no Chang International apenas serviram para exacerbar esses problemas, e na longa corrida de 26 voltas do Grande Prémio da Tailândia acabaram por servir de justificação para que o #88 não tivesse conseguido obter um melhor resultado.
Confiando que a sua condição física seria um fator a seu favor no último terço da corrida de MotoGP neste domingo, Miguel Oliveira não teve uma corrida facilitada. O arranque a partir de 17º deixo-o no meio do pelotão, não conseguiu ascender rapidamente na classificação como era o seu objetivo, e por isso sofreu ainda mais com o calor das motos à sua volta.
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Algumas oscilações nas posições em pista viriam a traduzir-se num 14º lugar no final do GP da Tailândia, somando os dois primeiros pontos com a Prima Pramac Yamaha, no que foi uma espécie de prémio de consolação para o piloto português que hoje celebrou o seu 100º GP em MotoGP.
Miguel Oliveira, depois da corrida, fez questão de realçar a temperatura elevada com que os pilotos competiram este fim de semana, a incapacidade da sua Yamaha YZR-M1 conseguir funcionar com o pneu dianteiro e com o depósito de combustível cheio, e que apenas na parte final da corrida, já com a moto mais leve, passou a conseguir definir melhores trajetórias de forma a aproximar-se dos pilotos à sua frente.
“Eu esperava uma corrida muito longa e difícil e foi exatamente isso que tivemos. Estava incrivelmente quente para todos nós. Foi uma corrida sobre a forma de gerir os pneus – provavelmente poderíamos ter escolhido uma especificação diferente, mas tentei gerir desde o início. Tive muita dificuldade com a aderência dianteira, não consegui virar a moto corretamente e estava a alargar em todas as curvas quando ainda tinha boa aderência na traseira. Depois, à medida que o pneu traseiro começou a cair volta após volta, tornou-se (a corrida) em a lidar com isso da melhor maneira que consegui. No final senti-me um pouco melhor, consegui recuperar algumas posições e consegui entrar nos pontos. Considerando onde comecei, é um resultado aceitável. Além disso, reunimos alguns dados importantes. Desde os testes que eu sabia que nosso trabalho era diminuir a distância para os líderes. Agora, com mais dias de testes, quatro motos e dados partilhados, acredito que temos tudo o que precisamos para dar esse passo. Esse continua a ser o nosso único foco agora”, refere o piloto português.
Miguel Oliveira e os restantes pilotos de MotoGP vão agora ter uma pausa de duas semanas. O Grande Prémio da Argentina é a ronda que se segue, com a prova no circuito Termas de Rio Hondo a realizar-se de 14 a 16 de março.
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