Foi com a temperatura ambiente quase a tocar nos 40 graus Celsius e o asfalto do circuito Chang International nuns escaldantes 57 graus Celsius, que hoje se realizou a primeira corrida Sprint da temporada 2025 de MotoGP, corrida essa que contou para o Grande Prémio da Tailândia.
Com condições de temperatura tão extremas os pilotos tiveram de fazer uma gestão mais rigorosa da sua energia ao longo da corrida de 13 voltas, mas foram também obrigados a fazerem escolhas de pneus que lhes permitissem manter um ritmo constante e competitivo de início ao fim.
Nesse particular, os dois primeiros da grelha de partida, Marc Márquez (Ducati Lenovo Team) na “pole position” e Alex Márquez (BK8 Gresini Racing), foram dos poucos a arriscar no composto macio para a dianteira, sendo que a opção mais popular entre os pilotos de MotoGP para esta corrida Sprint foi o composto duro. Para a traseira o pneu macio foi a escolha.
Assim que os semáforos se apagaram dando então início à Sprint do Grande Prémio da Tailândia, um arranque completamente falhado de Marco Bezzecchi (Aprilia Racing) lançou a confusão no pelotão da categoria rainha. O italiano viria a perder muitas posições.
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Na frente da corrida, e conforme se antecipava, não houve grande história.
Marc Márquez foi o mais rápido a sair da sua posição na grelha de partida, o primeiro a chegar à primeira curva, e a partir daí o oito vezes campeão mundial traduziu a sua rapidez e ritmo de corrida mais rápido do que os seus rivais numa prestação dominante.
Sem cometer qualquer erro, o novo piloto da Ducati Lenovo Team abriu uma diferença de mais de seis décimas de segundo sobre o seu irmão Alex Márquez a fechar a primeira volta. E a cada passagem pela linha de meta nas voltas iniciais essa vantagem foi crescendo, até que eventualmente chegaria a mais de dois segundos permitindo a Marc Márquez gerir a corrida a partir da liderança.
O espanhol garantiu assim uma vitória incontestada, e desde 17 de novembro de 2019 que não tínhamos Marc Márquez na liderança do campeonato. Foi necessário aguardar 1.931 dias para que o #93 esteja novamente em primeiro na classificação de pilotos de MotoGP.
Se no que à vitória não houve discussão, o mesmo se pode dizer do segundo lugar. Alex Márquez rapidamente se fixou nessa posição, sendo o único que nas primeiras voltas ainda tentou acompanhar o ritmo de Marc Márquez, mas sem nunca esboçar qualquer ataque, pois nunca esteve verdadeiramente em posição de o fazer. Sem sofrer ataques dos pilotos que vinham atrás de si a mais de um segundo, Alex Márquez concluiu de forma natural esta Sprint de MotoGP em segundo.
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O degrau mais baixo do pódio ficou para Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team). O piloto de Turim, sem conseguir acompanhar o ritmo dos dois pilotos Ducati à sua frente, ficou ‘entretido’ em conter a pressão do “rookie” Ai Ogura (Trackhouse Racing). Bagnaia nunca perdeu o lugar de pódio, e junta-se assim aos irmãos Márquez no primeiro pódio da temporada de MotoGP.
Quem claramente merece uma nota de destaque neste arranque de temporada é Ai Ogura. O piloto japonês e campeão de Moto2, vai conseguindo surpreender a cada sessão em pista. Seja em treinos ou qualificação, Ai Ogura tem conseguido destacar-se entre os pilotos de MotoGP aos comandos da sua Aprilia RS-GP25 da Trackhouse Racing. O quarto lugar é um excelente resultado para o “rookie”.
Atrás do japonês cruzou a linha de meta Franco Morbidelli (Pertamina Enduro VR46), que depois de batalhar nas primeiras voltas com Jack Miller (Prima Pramac Yamaha), acabaria por ver a sua vida facilitada quando o australiano sofreu uma queda e abandonou a corrida Sprint. Morbidelli passou a estar isolado em pista, e sem conseguir aproximar-se de Ai Ogura, o italiano limitou-se a levar a sua Ducati até à bandeira de xadrez.
Nas posições seguintes ficaram Pedro Acosta (Red Bull KTM Factory), Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) e Brad Binder (Red Bull KTM Factory), todos separados por poucos segundos entre si, sendo que as discussões por posição entre estes três foram as que mais animaram os fãs que assistiram à corrida Sprint nas bancadas do Chang International.
O Top 10 fica completo com a presença de duas motos da Honda: Joan Mir (Honda HRC Castrol) e Johann Zarco (Castrol Honda LCR).
Quanto a Miguel Oliveira, a prestação do piloto português da Prima Pramac Yamaha, tal como aconteceu tantas vezes em temporadas passadas de MotoGP, ficou desde logo condicionada devido à posição de arranque. O 17º lugar conseguido na qualificação deste Grande Prémio da Tailândia deixou à vista que o #88 ainda procura o melhor “feeling” com a sua nova Yamaha YZR-M1.
Na primeira volta viria mesmo a descer a 20º durante alguns momentos, recuperando algumas posições na volta seguinte antes de voltar a descer novamente na classificação. Nestas oscilações de posições, Miguel Oliveira acabaria por fixar-se em 18º, até que com a queda do seu companheiro de equipa Jack Miller conseguiu então subir uma posição. E ganhou outra posição quando o italiano Fabio di Giannantonio (Pertamina Enduro VR46), ainda sem estar a 100% fisicamente, acabou por ceder ao esforço e optou por entrar na box para abandonar.
Miguel Oliveira foi então o 16º classificado na corrida Sprint de MotoGP, e aguardamos agora pelas declarações do piloto português da Prima Pramac Yamaha para perceber melhor o que sentiu nesta corrida.
Resultados da Sprint de MotoGP do GP da Tailândia
1 – Marc Márquez (Ducati Lenovo Team)
2 – Alex Márquez (Gresini Racing)
3 – Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team)
4 – Ai Ogura (Trackhouse Racing)
5 – Franco Morbidelli (Pertamina Enduro VR46)
6 – Pedro Acosta (Red Bull KTM Factory)
7 – Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha)
8 – Brad Binder (Red Bull KTM Factory)
9 – Joan Mir (Honda HRC Castrol)
10 – Johann Zarco (Castrol Honda LCR)
16 – Miguel Oliveira (Prima Pramac Yamaha)
Classificação de MotoGP
1 – Marc Márquez – 12 pontos
2 – Alex Márquez – 9 pontos
3 – Francesco Bagnaia – 7 pontos
4 – Ai Ogura – 6 pontos
5 – Franco Morbidelli – 5 pontos
6 – Pedro Acosta – 4 pontos
7 – Fabio Quartararo – 3 pontos
8 – Brad Binder – 2 pontos
9 – Joan Mir – 1 ponto
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