A marca espanhola GasGas, marca subsidiária do grupo KTM, depois de se estrear em Moto3 (2021) e também em Moto2 (2022), estará também presente a partir da próxima temporada de 2023 na categoria MotoGP.
A estreia da GasGas na categoria rainha acaba de ser anunciada de forma oficial momentos antes do início da segunda sessão de treinos do Grande Prémio da Áustria, confirmando assim os rumores que circularam no paddock do Mundial de Velocidade nas últimas semanas.
Para esta entrada na classe maior ser possível, a estrutura satélite Tech3 de Hervé Poncharal passará assim a adotar as emblemáticas cores vermelho carmesim do emblema nascido na Catalunha em 1985. Deixaremos de ver em pista a equipa Tech3 KTM Factory e passaremos a ter GasGas Factory Racing.
E quem serão os dois pilotos da nova equipa GasGas em MotoGP?
O primeiro nome confirmado será Pol Espargaró. Já se sabia de forma não oficial que Espargaró está de saída no final do ano da Repsol Honda, e que iria regressar à família KTM. Recordamos que Pol Espargaró saiu precisamente do projeto KTM para se juntar à Repsol Honda há duas temporadas.
É assim o primeiro nome confirmado para vestir as cores da GasGas em MotoGP.
Para mais tarde ficará a confirmação do segundo piloto. E aqui, de acordo com a palavras de Pit Beirer, responsável do projeto de MotoGP da KTM, ainda temos de contar com Miguel Oliveira!
Para além de num primeiro momento elogiar a entrada da marca espanhola na categoria rainha, Beirer mostra-se “Agradecido ao Hervé e à equipa Tech3 por manter a mente aberta e realmente apoiar esta mudança, para se tornar a GasGas Factory Racing Team. Achamos que será emocionante e diferente”, num segundo momento o responsável da marca austríaca virou atenções para o piloto português.
Ainda que tudo indique que Miguel Oliveira já tem tudo acordado com a RNF Aprilia para continuar em MotoGP, até porque Paolo Ciabatti da Ducati Corse assim o “confirmou”, Pit Beirer parece ainda não dar como perdida a possibilidade do português permanecer ligado à família KTM para além de 2022.
Sobre o segundo piloto da GasGas Factory Racing, Beirer diz que “Não podemos confirmar ainda o segundo piloto da equipa. Há ainda uma hipótese de manter o nosso amigo Miguel na família. Neste momento nada está decidido”, começa por dizer, para depois continuar no mesmo tom: “Vamos apenas repetir a nossa oferta (renovar com a KTM regressando à estrutura da Tech3). Não será a hipótese mais fácil e talvez de início ele não tenha percebido bem o que o futuro poderia trazer. Mas agora é um pouco mais fácil falar do futuro ao verem a moto, o projeto, e podermos designar esta como uma equipa de fábrica e ele poder ser um líder para outros pilotos”, concluindo a sua intervenção afirmando que ainda hoje, sexta-feira 19 de agosto, iria novamente apresentar a Miguel Oliveira e ao seu pai / empresário, uma nova oferta de contrato.
Refira-se ainda que ao contrário do que acontece com a atual parceria KTM e Tech3, em que ambas as equipas usam motos praticamente iguais, o projeto GasGas Factory Racing será um pouco diferente.
Pese embora a equipa utilize uma KTM RC16, o desenvolvimento da moto vestida com as cores GasGas será um pouco diferente, seguindo uma filosofia própria, mas sempre com o departamento de competição da KTM em Mattighofen a disponibilizar todo o seu apoio para facilitar esse mesmo desenvolvimento da moto.