MotoGP – Mike Webb confirma que GasGas não vai ter concessões

O diretor técnico de MotoGP confirma que a estreante GasGas não vai beneficiar de concessões em 2023.

Os fãs de MotoGP mais atentos aos regulamentos da categoria rainha sabem que há vários anos que está a ser aplicado um regulamento que permite que exista um maior equilíbrio de performance entre os vários fabricantes. As denominadas “concessões” são um conjunto de benefícios que permitem aos fabricantes em maior défice de resultados ou estreantes aproximar-se dos fabricantes com melhores resultados. E a GasGas, como estreante, poderia competir ao abrigo das concessões.

Porém, as motos da GasGas são na realidade, como bem sabemos, as KTM RC16 que temos visto serem usadas e desenvolvidas pela marca austríaca tanto na sua equipa de fábrica Red Bull KTM Factory como também na equipa satélite Tech3.

E será precisamente a estrutura satélite de Hervé Poncharal que ficará com a missão de estrear as cores da GasGas em MotoGP na temporada 2023, com a marca espanhola a ser mesmo denominada oficialmente de Tech3 GasGas Factory Racing.

gasgasCertamente seria um “boost” para a equipa poderem beneficiar as concessões (mais motores por temporada, mais dias de testes, liberdade para evoluir o motor ao longo do ano, etc). Mas a GasGas não terá direito a esses benefícios.

Conforme explica o diretor técnico de MotoGP, Mike Webb, de acordo com “O nosso regulamento, tecnicamente, é exatamente a mesma moto (em relação à KTM) porque existe um fabricante, e por isso todas as motos que sejam desse fabricante, independentemente do seu nome, são a mesma moto, neste caso conhecida como GasGas. A moto é exatamente a mesma, não existe desenvolvimento separado. Isso significa que não haverá concessões para a GasGas”.

Recordamos que a equipa Tech3 GasGas Factory Racing terá como pilotos os espanhóis Pol Espargaró, de regresso aos comandos da RC16 depois de alguns anos a competir com a Honda RC213V, enquanto o campeão de Moto2, Augusto Fernandez, será mesmo o único “rookie” em MotoGP na temporada 2023.

Esta ligação profunda entre KTM e GasGas também tem implicações a outro nível: pontuação do fabricante.

Na categoria mais pequena do Mundial de Velocidade, Moto3, e apesar de vermos motos KTM a serem usadas por outras marcas como a Husqvarna, a marca austríaca optou por separar as pontuações de fabricante. Já no caso de MotoGP, tanto as duas RC16 da Red Bull KTM Factory como as duas RC16 da Tech3 GasGas Factory Racing vão pontuar exclusivamente como fabricante KTM.

Desde 2019 a KTM assumiu a liderança da GasGas, fundada em 1985, e que desde esse momento ajudou a marca espanhola a revolucionar por completo o seu negócio, tanto a nível comercial como também desportivo. Aliás, para além de competir a partir do próximo ano nas três categorias (MotoGP, Moto2 e Moto3), a GasGas é mesmo a atual campeã de Moto3 graças ao título de Izan Guevara.

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