A temporada de 2022 do Mundial Supersport será o início de uma nova era deste campeonato. Um conjunto de motos de nova geração prometem elevar a competitividade da categoria, e os responsáveis pela gestão do campeonato continuam a afinar, tal como as equipas fazem nesta pré-temporada, os detalhes que fazem parte do novo regulamento técnico.
Com motos que utilizam motores tão diferentes, quer ao nível da arquitetura do motor como da própria cilindrada, é necessário definir um conjunto de regulamentos que permitam equilibrar a performance das novas motos.
Na mais recente atualização ao regulamento, a Comissão de Superbike, composta por elementos da Dorna, Federação Internacional de Motociclismo e da MSMA, anunciou modificações aos pesos mínimos obrigatórios e válidos para a temporada 2022 e para a categoria Supersport.
De acordo com as informações agora atualizadas, a Ducati Panigale V2 será a moto mais penalizada nas suas prestações. Nomeadamente através do aumento do peso mínimo. A moto italiana com motor de dois cilindros em V e 955 cc, vê o peso mínimo passar para 166 kg (só a moto) e 244 kg (conjunto moto + piloto). Recordamos que em dezembro, num esboço inicial do regulamento, a Panigale V2 tinha como peso mínimo 161 kg e 242 kg, respetivamente.
Todas as outras motos homologadas para competir no Mundial Supersport 2022 têm como peso mínimo 161 kg e peso combinado de moto e piloto com limite mínimo de 239 kg.
A lista de motos homologadas para a categoria Supersport apresenta uma notada ausência comparativamente com anos anteriores: Kawasaki Ninja ZX-636R. Na realidade, a versão 636 não era usada pelos pilotos que competem nesta categoria, optando então pela ZX-6R.
Estas são as motos que podem participar no Mundial Supersport
– Ducati Panigale V2
– Honda CBR600RR
– Kawasaki Ninja ZX-6R
– MV Agusta F3 675
– MV Agusta F3 800
– MV Agusta F3 Superveloce
– Suzuki GSX-R 600
– Suzuki GSX-R 750
– Triumph 675 R
– Triumph Street Triple 765 RS
– Yamaha YZF-R6
Para além dos pesos mínimos que já referimos, a Comissão de Superbike terá ainda de definir os limites máximos de rotação permitidos para cada moto. Os diferentes limites terão em conta o número de cilindros e cilindrada, e a partir daí serão definidos diferentes limites para ajudar a manter a competição o mais equilibrada possível.
Infelizmente, e quando estamos a menos de um mês do início do Mundial Superbike e Supersport, os responsáveis pelo regulamento não anunciaram ainda quais os limites de rotação permitidos para as motos de nova geração. Apenas sabemos os limites das motos que já eram homologadas para anos anteriores.
Uma situação que impede, de momento, de perceber melhor que tipo de competitividade vamos ter nesta primeira temporada do Mundial Supersport de nova geração.
Lista de limites de rotação para cada moto
– Ducati Panigale V2 – Motor dois cilindros, 955 cc – 11.XXX rpm
– Honda CBR600RR – Motor quatro cilindros, 600 cc – 16.400 rpm
– Kawasaki Ninja ZX-6R – Motor quatro cilindros, 600 cc – 16.400 rpm
– MV Agusta F3 675 – Motor três cilindros, 675 cc – 15.800 rpm
– MV Agusta F3 800 – Motor três cilindros, 800 cc – 14.XXX rpm
– MV Agusta Superveloce – Motor três cilindros, 800 cc – 14.000 rpm
– Suzuki GSX-R 600 – Motor quatro cilindros, 600 cc – 16.400 rpm
– Suzuki GSX-R 750 – Motor quatro cilindros, 750 cc – não disponível
– Triumph 675 R – Motor três cilindros, 675 cc – 15.500 rpm
– Triumph Street Triple 765 RS – Motor três cilindros, 765 cc – 14.XXX rpm
– Yamaha YZF-R6 – Motor quatro cilindros, 600 cc – 16.400 rpm
Uma última nota para o facto de que a partir de 2022 as equipas do Mundial Supersport têm a possibilidade de alterar as bombas de travão das suas motos, podem utilizar discos de travão com diâmetro máximo de 320 mm e um sistema de quickshift que inclua a funcionalidade de “downshift”, mesmo que a moto de série não o tenha.