A temporada 2023 será inesquecível para o espanhol Pedro Acosta. Depois de um primeiro ano a descobrir os truques e segredos da categoria intermédia do Mundial de Velocidade, Acosta sagrou-se campeão do mundo de Moto2 e fechou assim com “chave d’ouro” a sua passagem pela categoria, ele que em 2024 estará em MotoGP com a GasGas Factory Tech3.
Para fechar em beleza o ano em que conquistou o seu segundo título mundial, o jovem Pedro Acosta garantiu também a vitória no Triumph Triple Trophy, um troféu organizado pela marca britânica que fornece os motores tricilíndrico 765 cc que são usados em Moto2.
Depois do Grande Prémio da Comunidade Valenciana que encerrou as atividades da temporada, Pedro Acosta foi presentado com o prémio final entregue pela Triumph ao vencedor do Triple Trophy.
O prémio foi entregue em plena reta da meta do circuito Ricardo Tormo, uma Street Triple RS 765, personalizada especialmente para esta ocasião.
A naked de Hinckley utiliza precisamente o mesmo motor dos protótipos de Moto2. E por isso Pedro Acosta já fala em tirar a carta de condução de moto para poder conduzir a sua nova Triumph na estrada:
“Estou muito feliz por ganhar este prémio, no final do dia é uma moto incrível. Vejo muitas pessoas que gostam de a conduzir e talvez agora seja a hora de tirar a carta de condução para poder desfrutar dela na estrada. No final, sabemos que é o mesmo motor que usamos no Moto2, e vemos como as Moto2 são rápidas. Vai ser divertido fazer alguns stoppies e wheelies nesta moto!”, afirmou um feliz Pedro Acosta enquanto recebia o seu prémio.
Pese embora seja normal pensarmos que o campeão do mundo seja o vencedor do Triumph Triple Trophy, a verdade é que em quatro edições do troféu que acontece a par do campeonato do mundo, esta foi a primeira vez que o piloto que se sagrou campeão também conseguiu conquistar o Triumph Triple Trophy.
Uma demonstração do domínio de Pedro Acosta numa temporada recheada de sucessos.
O ritmo consistente de Acosta nesta temporada fez com que ele conquistasse pontos para o troféu em nove rondas, muito à frente dos seus rivais mais próximos, que pontuaram em apenas quatro provas cada um deles.
Marcou pontos ao garantir três “pole positions”, em Sachsenring, Silverstone e Red Bull Ring, e estabeleceu a volta mais rápida da corrida umas incríveis oito vezes, tornando-se o mais recente graduado da era Moto2 da Triumph a subir para a categoria de MotoGP.
Para os menos conhecedores da forma de pontuar no Triple Trophy, convém relembrar que esta competição foi criada para reconhecer os sucessos e conquistas de um fim de semana de GP para além da vitória na corrida.
Neste caso a o sistema de pontuação foi concebido para refletir a natureza da competição em Moto2:
– 7 pontos – Melhor progressão em situação de corrida: 7 pontos para o piloto ou pilotos que conquistam o maior número de posições desde o início da corrida até à bandeira de xadrez
– 6 pontos – Pole position: 6 pontos para o piloto que se qualificar na pole
– 5 pontos – Volta mais rápida da corrida: 5 pontos para o(s) piloto(s) mais rápido(s) que registem a melhor volta em corrida
A vitória de Pedro Acosta no Triple Trophy ficou decidida ainda no Grande Prémio da Malásia, mas uma reta final de temporada muito forte de Fermin Aldeguer, permitiu-lhe aproximar-se do rival, mas apenas o suficiente para terminar o troféu em 2º.
Fique atento a www.motojornal.pt para estar sempre a par de todas as novidades do mundo do desporto em duas rodas. A não perder!