Logo durante o evento de Apresentação Oficial do 26º Portugal de Lés-a-Lés, evento organizado pela Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), ficou patente que os motociclistas apaixonados pelas viagens de moto não iam faltar à chamada.
Logo na abertura oficial das inscrições para o próximo Portugal de Lés-a-Lés registaram-se as primeiras confirmações de participantes de uma caravana que se espera que venha a atingir cerca de 2000 motociclistas.
E agora, todos aqueles que queiram inscrever-se e ainda não o fizeram já podem garantir o seu lugar na maior aventura de mototurismo da Europa, pois a organização anunciou a abertura da segunda fase de inscrições, permitindo as inscrições online até à data limite de 15 de maio.
Porém, e conforme tem acontecido em anos anteriores, até porque já estão inscritos mais de 500 motociclistas, espera-se que as inscrições esgotem bastante antes da data limite, pelo que se pretender participar no Portugal de Lés-a-Lés 2024 deverá fazer já a sua inscrição clicando aqui .
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Sobre a grande aventura de descoberta de Portugal através das estradas e caminhos menos conhecidos do nosso país, e para os nossos leitores mais “distraídos”, convém recordar que o 26º Portugal de Lés-a-Lés vai realizar-se de 6 a 9 de junho, com início em Portimão e o palanque final em Penafiel.
Os milhares de motociclistas aventureiros vão arrancar de Portimão, onde terão lugar as Verificações Técnicas e Documentais bem como o Passeio de Abertura, rumando ao Alentejo. Évora será ponto final da 1ª etapa, a 7 de junho, com a travessia da serra algarvia a prometer as primeiras emoções fortes, antes de seguir para a Covilhã e daí até Penafiel.
Desde logo, e entre alguns dos momentos muito aguardados do Portugal de Lés-a-Lés, regista-se o regresso ao rio Vascão, palco de muitas aventuras ao longo da história da maior maratona mototurística da Europa e que voltará a ser atravessado a vau em direção ao Pomarão.
A quase deserta aldeia nas margens do Guadian, que parece ter parado no tempo, transformada num autêntico museu de arqueologia industrial ao ar livre e que conta com uma escassa dúzia de habitantes ‘a tempo inteiro’.
Muito longe do frenesim da segunda metade do século XIX e início do Séc. XX, quando os navios recolhiam o minério transportado através do caminho de ferro desde as minas de S. Domingos. Daí seguiam, primeiro pelo Guadiana depois por mar, até às instalações fabris da CUF, no Barreiro, ou rumo a Inglaterra e Alemanha.
A este momento de descoberta histórica juntar-se-á o sempre animado convívio em Oásis com vista para Espanha, preparando os sentidos para a viagem até Mértola. Sempre na companhia do fronteiriço Guadiana, a caravana subirá até à vila alentejana e ao bem mantido castelo mertolense, cuja origem data de finais do Séc. XIII, quando os Muçulmanos dominavam a região depois de expulsarem Suevos e Visigodos.
Reconstruído e fortificado no Séc. XIII ajudou a cimentar a Reconquista Cristã para cair no esquecimento a partir do Séc. XV, cedendo perante a importância crescente e necessidades orçamentais ditadas pelos Descobrimentos.
Da mesma época e com uma história paralela, o castelo de Noudar será visita opcional para os que se aventurarem a fazer uns quantos quilómetros em piso de terra batida. Mas valerão a pena os acrescidos cuidados na condução e algum pó para desfrutar de uma vista ímpar sobre Espanha, numa zona onde o rio Ardila reforça a importância estratégica deste castelo que é Monumento Nacional desde 1910.
Estes são apenas alguns dos destaques de uma longa viagem pelo Portugal profundo e muitas vezes “esquecido”, mas que será redescoberto pela caravana do Portugal de Lés-a-Lés.
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