As alterações a esta Panigale V4 S podem ser subtis, notando-se no diferente desenho das asas e os rasgos de extração de ar na carenagem inferior, mas basta sentar-nos aos seus comandos para sentir aquelas que são se conseguem ver com o olhar. Assim que assumimos os comandos desta moto notámos a forma diferente como as nossas pernas a “abraçam” na zona do depósito.
Rodámos com ela no Circuito de Jerez durante a apresentação internacional e o seu comportamento impressiona quer pelas prestações avassaladores e pela forma controlada com que as podemos explorar. Esta nova versão está ainda mais fácil de levar ao limite que a sua antecessora, permitindo a pilotos menos experientes conseguirem melhorar mais os seus tempos por volta.
No motor as mudanças foram as vários níveis, mas sempre subtis e procurando melhorar o equilíbrio de funcionamento. Um nova bomba de óleo reduz a perdas aumentando a eficácia e o sistema de escape de maior diâmetro reduz a contra pressão. Tudo junto garante um aumento de 1,5 cv da potência máxima e garante também uma maior capacidade de sobre regime, já que a curva se mantêm alta, mais 2,5 cv, após o regime de potência máxima.
Tendo em conta que Jorge Martin, piloto Ducati de MotoGP, rodou com esta moto nesta pista a 3 segundos das WSBK e a 5 das MotoGP, fica bem claro o potencial encerrado nesta desportiva italiana. Não rodámos nem de perto nem de longe ao ritmo de nenhum destes dois pilotos, mas sentimos a confiança para rodar a um ritmo bastante mais elevado que o nosso melhor nesta pista do sul de Espanha. Torna-se evidente que se esta moto é boa tanto para um experiente piloto de MotoGP como para um piloto amador mediano.
