Já terminou um dos mais bonitos e completos ralis de Cross-Country disputados no Brasil. A 4ª e última etapa do Rali RN1500 disputou-se em grande ritmo pelos belos trilhos do Nordeste brasileiro, zona de muita natureza e mistura entre troços técnicos e revirados, vegetação intensa, e dunas, muitas dunas. A Yamaha venceu a contenda pelas mãos de Adrien Metge.
O francês Adrien Metge venceu a corrida de 4 dias e mais de 1000 km de extensão, após uma acesa disputa entre ele e a sua equipa, a Yamaha IMS Rally, e as Honda oficiais brasileiras lideradas pelo experiente Jean de Azevedo, que também correu na prova.
Metge é a prova de um piloto europeu apaixonado pela beleza e conceito duro e desafiante das provas do campeonato brasileiro de Cross-Country, com etapas disputadas ao cronómetro e recurso a navegação.
O francês alinha no campeonato todo, ele que foi campeão em 2021, e desloca-se constantemente ao país “nosso irmão” para disputar o campeonato na totalidade, mantendo-se a viver em França.
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O rali fechou com um dia intenso de especial, e ao contrário do esperado, muita chuva, tornando a última etapa percorrida em troços em plenas praias do litoral nordestino, mais dura e exigente a todos os níveis.
A Yamaha IMS Rally dominou, colocando dois pilotos nos dois primeiros lugares. A Honda ficou em terceiro com Bissinho Zavatti, nesta que foi a segunda corrida de um total de quatro pontuáveis para o campeonato.
Nos UTV/SSV, categoria que muito tem também crescido no Brasil, representando a maior fatia dos inscritos nas provas, nota-se o forte investimento da maioria das formações em prova em veículos bem preparados e completos. São vários os pretendentes à vitória final, e é curioso que em prova os SSV chegam a fazer melhores tempos que as duas rodas.
Neste RN1500, a dupla dominadora foi formada por Denisio do Nascimento e Gunnar Dums num Can-Am.
No final do Rali RN1500, objetivo cumprido por todos, pilotos e organização, que soube defender o slogan bem próprio da prova: “Os melhores pilotos, as mais belas paisagens e os piores caminhos!”.
Texto: Rui Marcelo